Curta você também
Principal
Enchente do Rio Iguaçu deixou pelo menos 300 pessoas desabrigadas em Porto Amazonas
A Chuva que cai em grande parte do Paraná provocou uma enchente na cidade de Porto Amazonas, nesta quinta-feira (12), o rio Iguaçu subiu chegando à 7,15 m, de acordo com os dados disponibilizados pelo serviço de Monitoramento Hidrológico do rio Iguaçu.
O rio já estava fora do seu nível normal, que é aproximadamente 1,60 m, desde o início do mês de outubro, no dia 08 o rio chegou a 4,90 m, desde então ficou oscilando para cima e para baixo, porém nesta quinta-feira, ele subiu quase três metros em pouco mais nove horas, o maior número registrado foi 7,15 m às 16h, e após esse registro ele começou a baixar lentamente.
De acordo com dados da Defesa Civil de Porto Amazonas, foram atingidos um prédio em que funciona duas escolas, um sendo municipal e outra estadual, 2 Igrejas, 12 estabelecimentos comerciais, 70 casas e aproximadamente 300 pessoas.
A prefeitura de Porto Amazonas, empresas locais, e grande número de voluntários auxiliaram as pessoas que estavam fazendo a retiradas de seus pertences de suas residências e comércios, com barcos, tratores e caminhões.
Em pouco tempo as famílias e produtos dos comércios foram sendo retiradas da área de risco para áreas mais altas da cidade, alguns foram para casas de parentes, outros para locais que a prefeitura e pessoas disponibilizaram.
Além de voluntários, equipe da Defesa Civil de Porto Amazonas, funcionários da prefeitura, participaram das ações a Copel, Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros de Palmeira.
A última grande enchente que atingiu a cidade foi em 2014, chegando ao nível máximo de 6,40 m.
O prefeito de Porto Amazonas publicou as 18h, o Decreto Nº 147 que declara situação de Emergência nas áreas do Município afetada por Desastres Naturais Relacionados com o Incremento das Precipitações Hídricas notadamente com as Inundações, Enxurradas ou Inundações Bruscas e Alagamentos.
O Decreto que tem uma validade inicial de 30 dias e que pode ser prorrogado por até 180 dias, é uma das exigências para que o poder público possa pleitear recursos e ajuda humanitária, além de autorizar a convocação de voluntários, para reforçar as ações de resposta aos desastres e, a realização de campanhas de arrecadação de recursos, junto à comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelo desastre, ele também autoriza a Defesa Civil a realizar ações de evacuação nas áreas afetadas.
Além disso, após ter o Decreto homologado e reconhecido pelo Governo Estadual, caso o Município possua contrato de financiamento em andamento com a instituição financeira estadual poderá solicitar uma moratória de até 12 (doze) meses nos pagamentos do valor principal financiado, devendo pagar apenas encargos nesse período, ter acesso à linha de crédito emergencial Paraná Recupera, criada pela Fomento Paraná, para ajudar na recuperação dos estragos.
A partir da data de homologação da situação de emergência o município terá até 45 dias para solicitar a moratória diretamente à Fomento Paraná e até 180 dias para solicitar o crédito novo junto à Secretaria das Cidades, pelo Sistema de Financiamento aos Municípios (SFM).
A linha de crédito emergencial Paraná Recupera também está à disposição de empresas e empreendedores dos municípios atingidos por temporais, alagamentos, granizo e outros eventos que provocam prejuízos ou interrompem atividades empresariais. O objetivo é contribuir com a retomada dessas atividades mais rapidamente. A instituição financeira já liberou mais de R$ 52 milhões em 1.227 operações desde o ano passado.
Os recursos disponíveis envolvem operações de microcrédito, até R$ 20 mil, com até 36 meses para pagar, ou valores até R$ 500 mil, da linha Fomento Giro Fácil, que permite parcelamentos de até 60 meses. Em ambos os casos é possível obter um prazo de carência.
Os empreendedores podem obter crédito para capital de giro com condições diferenciadas, pagando uma taxa de juros fixa de 7,17% ao ano. O Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) subsidia a diferença de juros para reduzir o custo total do crédito tanto nos financiamentos para empreendedores quanto para os municípios.
Foto: Ivano Aerosibe / Reprodução