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Educação
APAE de Palmeira promove manifestação contra ameaça de corte de recursos para a educação especial
Em manifestação realizada na tarde de quarta-feira (7), com a participação de aproximadamente 300 pessoas, entre alunos, pais, professores e funcionários da Escola de Educação Especial mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Palmeira, foi registrada a contrariedade dos manifestantes com o texto da Meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE), cujo projeto está prestes a ser votado no Senado Federal. Em síntese, a aprovação retira recursos das escolas de educação especial, inviabilizando seu funcionamento.
A manifestação em Palmeira começou com uma concentração na praça Marechal Floriano Peixoto, em frente à Igreja Matriz, e depois percorreu todo o trecho do calçadão da rua Conceição. Diversos cartazes e faixas mostravam a indignação dos manifestantes com a possibilidade de prejuízos à educação especial ofertada pela APAE.
Para o presidente da APAE de Palmeira, Luiz Fernando Kapp, fica a expectativa de que seja a última vez que a entidade tenha que se manifestar contra riscos de interrupção de suas atividades. Ele disse que anteriormente já foram realizadas outras ações do tipo, mas que sempre o bom senso prevaleceu, resultado que ele espera para esta situação atual.
A APAE de Palmeira, assim como entidades congêneres de todo o Brasil, está mobilizada contra o texto do PNE que tramita no Senado e defende que seja aprovado pelos senadores o texto original que foi aprovado pela Câmara dos Deputados, garantindo desta forma recursos para as escolas de educação especial. As APAEs realizaram manifestações na quarta-feira em todo o país e no próximo dia 14 deve acontecer uma nova mobilização, em Brasília, contra o texto do PNE que prejudica a entidade.
As APAEs estão presentes em 2.120 municípios em todo o território nacional e atendem 250 mil pessoas com deficiência. No Paraná, há 327 associações, que beneficiam 41 mil alunos. Além disso, no estado, 3 mil estudantes especiais já foram repassados para a rede comum de ensino – depois de avaliação realizada pelos profissionais das APAEs, que aponta quando o aluno tem condições de acompanhar o estudo regular.
O texto que as APAEs querem manter: “Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos, o atendimento escolar aos(às) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, preferencialmente na rede regular de ensino e garantir o atendimento educacional especializado nas formas complementar e suplementar, em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados”.
Como está no projeto de lei que vai para votação no Senado: “Universalizar, para a população de quatro a dezessete anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino”.
Quem desejar defender a causa da APAE de Palmeira e das APAEs de todo o Brasil pode acessar e assinar manifesto clicando aqui.