Alunos dos Colégios Agrícola Getúlio Vargas, Henrique Stadler, D. Alberto Gonçalves, Amadeu Mário Margraf, São Judas Tadeu e David Carneiro, além de alguns professores de Palmeira e de acadêmicos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Universidade do Centro Oeste (Unicentro), campus de Irati, estiveram reunidos em assembleia nesta terça-feira pela manhã na praça Mal. Floriano Peixoto, onde decidiram através de votação a ocupação do Colégio Estadual D. Alberto Gonçalves (Cedag).
Um dos alunos do Colégio Estadual São Judas Tadeu, José Leandro Przybysewski, durante a assembleia comentou que os alunos são contra a MP 746 que tem como objetivo o aumento da carga horária para tempo o integral e que eles querem formar mão de obra barata e o orçamento congelado por 20 anos. A Medida Provisória 746 altera a carga horária e coloca como optativas algumas disciplinas, como Educação Física, Sociologia, Filosofia e Artes, e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que congela os gastos públicos.

Já o presidente do Conselho Municipal da Juventude, Waldir Joanassi Filho, comentou que “não podemos nos calar diante da opressão, pensem com carinho, logística e impacto social, isso vai acabar chegando a toda a sociedade que não pensam no futuro de vocês. Hoje é um dia histórico porque vocês são fortes e batalhadores”.

Coragem

O professor Rodrigo Denczura que leciona nos colégios São Judas Tadeu e David Carneiro parabenizou os alunos pela força e coragem dos mesmos. “Nós queremos para esse país, mostrar a nossa luta e vocês estão à frente disso. Por trazer essa esperança de que podemos ser sempre mais, lutando pela democracia e não deixem que calem a voz de vocês. Vamos fazer um país diferente e plantar a esperança”.

Depois da votação na assembleia e a decisão de ocupar o maior colégio da cidade, os alunos seguiram em direção ao colégio Dom Alberto Gonçalves e lá começaram a organização, de como será feito durante o período de ocupação. O presidente do conselho da juventude Waldir Joanassi Filho, solicitou aos alunos na assembleia para que durante a ocupação os alunos o façam de maneira ordeira, sem bagunçar o local e sem danificar nem depredar nada, de maneira consciente, pois o patrimônio é dos próprios alunos. Joanassi salientou que importante não se permitir calar a voz dos estudantes e não permitam que ninguém seja oprimido de forma alguma. Durante a ocupação serão desenvolvidas atividades culturais e esportivas para os alunos. Além da ocupação do Cedag, a intenção dos alunos é a ocupação do colégio estadual São Judas Tadeu.