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Política
Projeto de lei do deputado estadual Márcio Pauliki proíbe rojões e morteiros
“Se você possui cães ou gatos, com certeza já percebeu como os animais ficam assustados com o barulho provocado pela solta de rojões, comuns em partidas de futebol, nas festas de final de ano e outras comemorações”, explica o deputado estadual Márcio Pauliki. Foi pensando nisso que o parlamentar apresentou, na segunda-feira (20), um projeto de lei que proíbe a queima de rojões e morteiros em todo o Paraná.
De acordo com o deputado, o barulho provocado traz apenas prejuízo à população, principalmente crianças e idosos, ao meio ambiente e aos animais. “É preciso esclarecer que a limitação se refere apenas aos rojões e morteiros. A tradição dos fogos de artifício luminosos jamais será superada. Eu sou favorável à sua manutenção, pois ela mantém diversos postos de trabalho em suas fábricas e revendas”, explica.
Projeto
Pauliki foi procurado pelo vereador de Guarapuava Aldonei Luis Bonfim, conhecido como Dognei. Ele é defensor das causas animais e solicitou que o deputado apresentasse o projeto argumentando os transtornos que os fogos de estampido causam nos animais. “Os rojões e os morteiros provocam apenas barulhos que causam grande desconforto aos animais domésticos e selvagens que possuem uma audição muito mais sensível que a nossa”, explica. Um som que passe dos 20 mil hertz fica inaudível para os seres humanos. Os cães, por exemplo, conseguem captar sons que estejam numa frequência de 45 até 64.000 Hz. Os gatos ouvem um pouco melhor, de 67 a 45.000 Hz.
Na virada de ano de 2016/2017, a queima de fogos foi responsável pela morte de um filhote de onça no Parque Nacional do Iguaçu. Ele foi esmagado pela própria mãe, que tentava proteger os filhotes do barulho. Os animais domésticos também sofrem de forma exagerada, inadmissível para a satisfação do ser humano.