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Política
Presidente da AMP se reúne com Gleisi e pede apoio às reivindicações da Marcha dos Prefeitos em Brasília
O presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e prefeito de Piraquara, Gabriel Samaha, reuniu-se na segunda-feira (14) com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e pediu apoio às reivindicações da 15ª Marcha dos Municípios a Brasília. Ele solicitou atenção especial aos pedidos de interesse das 399 prefeituras do Paraná.
“Temos que achar uma solução urgente para os problemas graves que estamos enfrentando, como o pagamento do piso do magistério e o aumento das despesas provocado pelo reajuste do salário-mínimo, que ameaçam as finanças dos municípios sobretudo a partir de 2013. Mas eu tenho a certeza de que a ministra, por ser paranaense e municipalista, vai atender às nossas reivindicações”, comentou Samaha.
A reunião entre o presidente da AMP e a ministra da Casa Civil ocorreu depois do lançamento do Programa Brasil Carinhoso, no Palácio do Planalto, pela presidenta Dilma Rousseff. Como parte do programa, prefeitos de todas as regiões do Brasil assinaram um Termo de Compromisso garantindo recursos para a construção de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI). Até 2014, o novo projeto do governo federal pretende tirar da extrema pobreza todas as famílias que possuem crianças com idade de até seis anos e renda per capita inferior a R$ 70,00, a um custo de aproximadamente R$ 10 bilhões.
Piso e salário-mínimo
Na coletiva à imprensa antes do início da Marcha dos Municípios, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, explicou que no último ano de mandato a crise nas finanças dos entes locais pode comprometer milhares de gestões municipais. Ele relacionou vários motivos que justificam sua preocupação. Entre eles, o aumento de atribuições e o baixo crescimento de receita.
“Enquanto o crescimento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) está estimado em R$ 8,2 bilhões para este ano, os impactos chegam a R$ 61,9 bilhões”, justificou o presidente da CNM. De acordo com Ziulkoski, o aumento do salário mínimo e o reajuste do Piso Nacional do Magistério causam impacto de R$ 2,8 bilhões e R$ 5,4 bilhões, respectivamente, nas finanças municipais. No Paraná, 52% das prefeituras enfrentam dificuldades para pagar o piso dos professores, fixado em janeiro em R$ 1.451,00.