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Política
Pesquisa da AMP aponta que piso do magistério pode inviabilizar finanças da maioria dos municípios
Pesquisa divulgada na quarta-feira (14) pela Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e pela União dos Dirigentes Municipais de Educação no Paraná (Undime-PR) aponta que a exigência de cumprimento do reajuste de 22,22% do piso nacional de salários dos professores da rede pública pode inviabilizar a maioria das 399 prefeituras do estado. De acordo com o levantamento, feito com uma amostra de 121 cidades, 35% das prefeituras cumprem o valor estabelecido pela chamada Lei do Piso para 2012, fixado em R$ 1.451,00, retroativos a janeiro.
Das cidades que não garantem o piso, 51% já concederam reajuste em 2012 e, mesmo assim, estão abaixo do valor previsto. No total, incluindo as cidades que estão pagando o piso, 54,5% já concederam reajuste aos professores neste ano.
Ainda segundo a pesquisa, 27% dos municípios garantem 1/3 de hora-atividade para os professores e somente 1,6% ainda não contam com Plano de Carreira aprovado. O levantamento conclui que o grande volume de gratificações de incentivo à docência (adotados por 57% dos municípios) e a dispersão na formação dos professores (73% já concluíram especialização) são as principais razões que dificultam as prefeituras a cumprirem todos os dispositivos da lei.
A pesquisa foi divulgada pelo presidente da AMP e prefeito de Piraquara, Gabriel Samaha, o Gabão, e pela presidenta da Undime-PR e secretária da Educação de Telêmaco Borba, Cláudia Maria da Cruz.