Polí­tica

Notícia publicada sexta-feira 04 março 2016

Pauliki cobra construção da Casa de Custódia para abrigar presos da região

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A construção da Casa de Custódia em Ponta Grossa foi um dos temas discutidos pelo deputado estadual Marcio Pauliki (PDT) em visita à Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG), no dia 18 de fevereiro. A obra já foi anunciada em outros momentos, mas nunca foi iniciada. Por isso, Pauliki protocolou um requerimento na Assembleia Legislativa questionando o andamento do projeto.

A PEPG tem capacidade para 420 detentos e tem, no momento, 480, ou seja, já ultrapassou a sua capacidade. Na Cadeia Pública Hildebrando de Souza a situação é caótica, ela deveria abrigar 270 pessoas, mas já conta com 680. A situação é insuportável tanto para os presos como para a direção da cadeia. E o mesmo acontece em praticamente todas as Delegacias de municípios da região, como é o caso de Palmeira, onde a capacidade é para 16 presos, mas cerca de 50 estão recolhidos.

De acordo com o diretor da PEPG, Luiz Francisco da Silveira, a necessidade é de 716 vagas para a Casa de Custódia para resolver a superlotação, pois o sistema carcerário de Ponta Grossa também atende municípios vizinhos. Ele aproveitou a visita do deputado para solicitar que reivindique junto ao governo do Estado a liberação de três funcionários treinados para o grupo de intervenção rápida com o objetivo de inibir as situações de rebelião, bem como os equipamentos necessários para o trabalho desse grupo.

Ele ressalta que a penitenciária tem ações voltada a reintegrar o indivíduo na sociedade, através de atividades profissionalizantes e remissão de pena no regime fechado e semiaberto. “Os detentos fazem cursos, onde recebem os certificados, além de projetos religiosos, de leitura e um centro de inclusão digital, fato que vem atraindo a direção de outros presídios que veem conhecer o modelo”, frisa Silveira.

Soluções

“Precisamos buscar soluções para o problema da superlotação do sistema carcerário o mais rápido possível”, defende Pauliki. Ele acrescenta que isso irá se refletir diretamente na segurança da população. “Estabelecer condições mais humanas nos presídios é fundamental para evitar que os detentos recaiam na criminalidade e pratiquem novos delitos. Esses indivíduos irão retornar para a sociedade e o nosso papel é fazer com que eles voltem melhores”, enfatiza. O deputado lembra ainda que já dá a sua contribuição há muitos anos através do Instituto Mundo Melhor, do qual é fundador, para que a reabilitação de detentos oferecendo capacitação e encaminhamento para o mercado de trabalho.

Pauliki começou a trabalhar pela construção da Casa de Custódia em 2010, quando ainda era presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG). A solicitação também é uma reivindicação do Conselho Comunitário de Segurança de Ponta Grossa.