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Política
Municípios reduzem índice de despesa com pessoal após atuação do TCE
Quatro municípios paranaenses conseguiram reduzir suas despesas com pessoal abaixo do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) entre 2023 e 2024 após a intervenção do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR).
Alto Piquiri, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Terra Rica estavam utilizando mais do que 95% do total permitido para esse tipo de gasto pela LRF – que corresponde a 60% de sua Receita Corrente Líquida (RCL), sendo 54% para o Poder Executivo e 6% para o Legislativo – quando foram alertados sobre o problema pela Coordenadoria de Acompanhamento de Atos de Gestão (CAGE) da Corte. No caso de Foz, o gasto superava 100% do permitido.
Consequências
Conforme o artigo 22 da LRF, quando as despesas com pessoal de um ente público ultrapassam o limite prudencial de 95% do total permitido, o órgão fica sujeito a uma série de restrições, tais como a impossibilidade de conceder aumento de remuneração para seus servidores; de criar novos cargos ou funções públicas; de aumentar despesas por meio de alterações de estrutura de carreira; de contratar horas extras; e de prover cargos públicos e contratar pessoal, a não ser para repor servidores aposentados ou falecidos nas áreas de educação, saúde e segurança.
Em caso de extrapolação desses gastos durante mais de dois quadrimestres seguidos, o ente público é impedido de receber transferências voluntárias; obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; e contratar operações de crédito, a não ser para refinanciar dívida mobiliária e reduzir despesas com pessoal.
Fiscalizações
Após serem realizadas as comunicações com os alertas aos municípios, foram abertas fiscalizações, momento em que os auditores do TCE-PR detectaram nas entidades a prática de atos de gestão proibidos pelo referido artigo 22 da LRF, como a admissão de pessoal, a concessão de vantagens e o pagamento de horas extras. Embora esses atos sejam irregulares, após a intervenção do Tribunal, os índices voltaram aos patamares normais.
O acompanhamento também foi realizado pela CAGE junto a outras cinco prefeituras que, no mesmo período, conseguiram normalizar seus índices de gastos com pessoal antes mesmo da atuação do TCE-PR: Altônia, Clevelândia, Floresta, Ribeirão Claro e Ubiratã.
Foto: Divulgação