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Política
Cerco policial à Assembleia Legislativa pretende impedir acesso de manifestantes
A Assembleia Legislativa do Paraná está sob cerco policial desde domingo (26). Para tentar assegurar a aprovação do projeto de ajuste fiscal, o governador Beto Richa (PSDB) optou por não correr riscos, e, diante de uma nova greve de professores e mobilização de diversos segmentos do funcionalismo público estadual, montou um esquema de isolamento do Centro Cívico, com barreiras policiais em diversas ruas que dão acesso à Assembleia e ao Palácio Iguaçu.
Os professores da rede estadual de ensino do Paraná decidiram, em assembleia no último sábado, pelo retorno da paralisação por causa do projeto de lei que promove mudanças no Regime Próprio da Previdência Social do Estado. Os professores se concentraram na praça 19 de Dezembro, de onde tentaram marchar até a praça Nossa Senhora de Salete, em frente à Assembleia, que desde domingo está tomada pela Polícia Militar.
Respaldado por uma decisão judicial, o governo começou o cerco no sábado, utilizando mais de 1.100 policiais militares, diariamente, em quatro turnos. Segundo o jornal Gazeta do Povo, foram convocados policiais de todos os batalhões da capital e de alguns da região metropolitana. O regimento de polícia montada, Patrulha Escolar, ajudantes de ordem que trabalham na segurança de autoridades, alunos da Academia do Guatupê, policiais da Força Ambiental e do Departamento de Apoio Logístico da PM também participarão. Estão previstos ainda agentes da Ronda Ostensiva Tático Motorizadas (Rotam), mais os agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
O Palácio Iguaçu, informa a Gazeta, afirma que o governo do Estado faz o cerco a pedido da presidência da Assembleia e determinou à Secretaria de Segurança Pública que atendesse à reivindicação. O objetivo “é impedir a repetição das cenas de invasão do plenário e o cerceamento do funcionamento democrático do Legislativo”, informa nota oficial.
Desconto
Diante da decisão dos professores de iniciar uma nova greve, o governo do Estado determinou hoje que as eventuais faltas a partir de segunda-feira (27), de professores e funcionários da Educação sejam descontadas em folha de pagamento.
Em nota oficial, o governo lamentou a decisão dos professores até porque, segundo afirma, “atendeu a todas as reivindicações dos professores”. Segundo a nota, a Procuradoria Geral do Estado já ingressou com medidas judiciais para decretar a greve ilegal e abusiva.