Curta você também
Política
Associação entra na Justiça para cobrar nomeação de delegados no Paraná
Cerca de 250 municípios do Paraná estão sem delegados. São 780 cargos criados, mas apenas 415 estão ocupados. O levantamento é da Associação de Delegados de Polícia do Paraná (Adepol), que entrou na Justiça para que o governo do estado nomeie 120 delegados aprovados em concurso no ano de 2013.
O pedido de antecipação de tutela pede, ainda, a abertura imediata de um concurso para escrivães e investigadores da Polícia Civil. O delegado Pedro Felipe de Andrade, diretor jurídico da associação, afirma que a ação é, também, embasada no fato de que o concurso vence em abril de 2018.
“Há uma defasagem dos cargos, o concurso vence em abril do ano que vem e por isso nossa preocupação, nosso pedido de urgência”, afirmou.
Processo
Caso os aprovados não sejam nomeados dentro do prazo, o governo terá de abrir outro processo para preencher as vagas. A ação da Adepol, que reivindica também a abertura de concurso para escrivães e investigadores, destaca que o déficit chega a quase 50% no quadro de funcionários.
“O quadro de defasagem também chega aos escrivães e investigadores de polícia. Por exemplo, o cargo de escrivães tem previsto em lei 1,4 mil cargos, do qual apenas 700 estão ocupados e não existem sequer aprovados a serem nomeados ou concurso em trâmite”, disse.
Já para investigadores, são 4.395 cargos criados e só 2.802 ocupados. Por meio de nota, o governo ressalta que, “em todo o Paraná, o efetivo policial civil cresceu 18%, entre 2011 e 2017”.
Em relação a delegados de polícia, após a realização de novo concurso público para a categoria, já foram convocados mais de 130 profissionais, que foram distribuídos para todas as regiões do Estado e já estão trabalhando. A Adepol, no entanto, afirma que esse número foi o suficiente apenas para repor vagas abertas por aposentadorias, falecimentos e exonerações.
A nota do governo diz, ainda, que “a contratação de novos profissionais para a Polícia Civil está sendo verificada pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, em conjunto com outras secretarias envolvidas, como a da Fazenda e Administração”.