A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou nesta quarta-feira (20), a conclusão do Laudo Pericial de Acidente de Trânsito (LPAT) relacionado ao acidente de grande proporção, do tipo engavetamento, que ocorreu no dia 02 de setembro, por volta das 14h30, na BR-277, no quilômetro 136, em Balsa Nova, Paraná.

O LPAT é um laudo de perícia administrativa em locais de acidentes, uma atribuição da PRF estabelecida pelo Código de Trânsito Brasileiro (art. 20, XIII). Este documento foi encaminhado à Polícia Civil para auxiliar na elaboração do laudo pericial criminal e também pode ser usado para resolver várias questões, incluindo processos de seguros automotivos.

Devido à presença de dados pessoais, o LPAT não foi disponibilizado na íntegra para a imprensa, somente para os envolvidos no acidente e para órgãos oficiais.

De acordo com o laudo, um total de 128 veículos, incluindo combinações de veículos de carga que envolviam mais de um veículo. Das 94 pessoas que estiveram envolvidas no acidente, cinco vítimas morreram, elas estavam em três veículos de passeio (três homens e duas mulheres).
Sendo um veículo Chevrolet S10, com duas vítimas fatais, um veículo Volkswagen T-Cross, com uma vítima fatal e uma vítima com lesões graves e um veículo Renault Kwid com duas vítimas fatais.

Além delas outras doze pessoas sofreram lesões leves ou graves no acidente.

Com base na perícia do local do acidente, considerando os destroços dos veículos e a extensão do engavetamento, a causa determinante do acidente foi o intenso nevoeiro no local, que resultou em visibilidade extremamente reduzida, combinado com reações tardias ou ineficientes dos condutores.

Um fator agravante das lesões foi a diferença de massa entre os veículos envolvidos. Todas as vítimas fatais estavam dentro de veículos de passeio que foram “prensados” entre dois veículos de carga.

A PRF destaca como fatos relevantes que a velocidade regulamentar no local do acidente, com sinalização horizontal e vertical clara, era de 80 km/h, que há placas de sinalização de advertência quanto à possibilidade de neblina e estas estavam presentes dois quilômetros antes do acidente, indicando a necessidade de redução da velocidade em caso de neblina e a proibição de estacionar no acostamento nessas condições.

Ainda de acordo com a PRF, a rodovia permaneceu interditada no sentido Ponta Grossa desde o início do acidente, sendo totalmente liberada no domingo (3) por volta das 13h20. No sentido Curitiba, não houve interdição total, mas foi realizada uma operação “pare-e-siga” na manhã do dia 3 para aliviar o congestionamento causado pela interdição da via, como medida para minimizar os transtornos aos usuários.

Foto: PRF Paraná