O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) revogou na terça-feira (29) o pedido de prisão preventiva do ex-prefeito da Lapa, Paulo Furiati (PMDB), que havia sido preso no último dia 11 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), suspeito de desviar recursos da Educação durante sua gestão.  Foi estabelecida fiança de 40 salários mínimos (pouco mais de R$ 27 mil) para que o ex-prefeito seja solto. Ele e mais nove pessoas foram presas dentro da operação Quadro Negro, deflagrada pelo Gaeco.

Além do pagamento da fiança, o TJ impôs outras medidas para que Furiati permaneça em liberdade. Em seu despacho, o desembargador José Carlos Dalacqua, que anteriormente havia negado pedido de habeas corpus do político, determina que o ex-prefeito não seja permitida sua entrada na Prefeitura da Lapa, como forma de evitar que ele tenha acesso a documentos relativos a contratos firmados durante sua gestão, os quais são alvos de apuração judicial.

A Operação Quadro Negro resultou em prisões preventivas e temporárias de suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações e contratos do setor da Educação, no Paraná e em Minas Gerais, além de apreensão de documentos. Entre os presos estava o ex-secretário de Educação, Cultura e Esporte da Prefeitura de Palmeira, Rogério Schnell, que foi liberado no último dia 18.