A UMPA (Unidade municipal de produção de alimentos) foi assaltada e segundo a coordenadora de compras da alimentação escolar do município, Vera Lúcia Schartner, as duas funcionárias da UMPA chegaram às sete da manhã de segunda feira (19) para trabalhar e encontraram a porta dos fundos arrombada. A suspeita é de que foi na madrugada de domingo, já que o alarme disparou várias vezes. O casal que mora nas dependências do CEDAG (Colégio Estadual Dom Alberto Gonçalves), que fica no mesmo terreno da unidade, entrou em contato com o diretor e diversos moradores foram até o local, mas ninguém foi localizado.

Abastecimento
O depósito de alimentos da UMPA armazena alimentos que abastecem todas as escolas municipais e principalmente os CMEIs da cidade. Além de quatro botijões de gás cheios e uma batedeira da marca Walita, os bandidos levaram mais de 200 kg de alimentos, inclusive os específicos para bebês como Farinha Láctea e Mucilon. Também estavam entre os alimentos roubados várias caixas de creme de leite, que seriam usadas para fazer uma sobremesa especial para o dia das crianças nas creches da cidade. “Os alimentos roubados eram uma parte complemento do mês de setembro, caso viesse a faltar em alguma escola e outro tanto era o abastecimento do mês de outubro. Agora estudamos estudando o que será feito, já que a verba para alimentação já foi utilizada. A nossa sorte é que o carregamento de carne só chegou na segunda feira, senão o prejuízo seria ainda maior. Provavelmente teremos que cortar alguma coisa do cardápio para poder alimentar as crianças pelo menos com o básico”, explica a coordenadora, que trabalha na Secretaria de Educação há mais de 13 anos.

Autores
O boletim de ocorrência foi feito para tentar localizar os autores desse assalto e mais ainda, para tentar detectar os possíveis compradores dessas mercadorias, já que adquirir produtos oriundos de furto ou roubo é considerado crime de receptação. Segundo a nutricionista do município, responsável pelo cardápio da merenda escolar, isso nunca havia acontecido antes. “Trabalho há mais de 10 anos na Secretaria e nunca houve uma situação dessa. É lamentável que tenham feito isso com um patrimônio que é do povo. Pior ainda, muitas crianças ficarão com a alimentação comprometida por conseqüência desse fato”, lamenta Sinara. Quem tiver qualquer tipo de informação deve comunicar a polícia ou a Secretaria de Educação imediatamente.