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Opinião
Rogério Lima – Páginas viradas
A Gazeta de Palmeira completou no dia 9 de abril 37 anos de existência. Há 32 anos, em março de 1981, comecei minha atuação no jornal. Neste período, algumas interrupções de relacionamento com a Gazeta aconteceram. Foram nove anos, na verdade, que fiquei ausente destas páginas. Escrevi em páginas de outro jornal, fiz política, fui viver um pouco o mundo do outro lado e conhecer os mecanismos de sobrevivência de outro setor tão ou mais ardiloso que a imprensa.
Dizem que a vida passada é feita de páginas lidas e viradas. Um jornal também é feito assim, com muitas páginas viradas, mas não esquecidas. Como a vida, o jornal deixa marcas com fatos, palavras, imagens e sentimentos. Porque jornal – ao menos aqueles que se propõem a fazer um trabalho honesto – não se ampara em ficção para sobreviver. Jornal vive de verdade. Verdades indiscutíveis que, embora parcialmente discutíveis sob determinados pontos de opinião, prevalecem como verdades.
A Gazeta de Palmeira, em sua atual fase, que começou em julho de 2000, tem feito o registro das verdades que movem a comunidade. Para o espanto ou para a indiferença, para a alegria ou para a tristeza, fatos verdadeiros estampados nas páginas deste que é o único semanário de Palmeira e também o que sobreviveu às agruras do meio, às inquietações da sociedade e, principalmente, às tormentas da política. Sim, porque a política já fez nascer e também matou muitos jornais. É a vaidade dela – dos seus atores – que submete a imprensa trôpega aos seus caprichos. Não foi e não é este o caso da nossa Gazeta quase quarentona.
A partir de agora, posso afirmar que a Gazeta entra em uma nova fase. O jornal está com novo projeto gráfico e o seu parceiro mais próximo, o site, nos próximos dias, vai exibir sua nova formatação. Tudo sem deixar de lado a responsabilidade na informação. Afinal, é dela, da responsabilidade, que nasce a credibilidade. E desta vem a cumplicidade entre o público e o seu jornal.
Há páginas para escrever e há páginas já escritas, porém não esquecidas no presente e que serão sempre lembradas no futuro.