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Notícia publicada terça-feira 04 setembro 2012

Ranking aponta UEPG entre as melhores universidades do país

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A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) foi eleita uma das melhores universidades do país, conforme o Ranking Universitário Folha (RUF), publicado na segunda-feira (3) pelo jornal Folha de São Paulo. 188 instituições de ensino públicas e privadas foram listadas no ranking, sendo a UEPG a 54ª colocada.O RUF ratifica o posicionamento da UEPG no ranking do “QS – Rankings: Latin America” que a coloca entre as melhores instituições da América (137º lugar) e do Brasil (45º lugar), além do sistema de avaliação do ensino superior do Ministério da Educação, no qual se situa na faixa de instituições com conceito 4 e 5 (7% do total de instituições de ensino superior do país).

O ensino superior brasileiro é composto por 2.377 instituições de ensino superior, de acordo com dados do MEC. Desse total, 85% são faculdades, 8% são universidades, 5,3 centros tecnológicos e 1,6% são institutos tecnológicos. Desse total, o RUF classificou 232 instituições de ensino superior brasileiras, sendo 41 faculdades e centros universitários e 191 universidades – instituições com foco em pesquisa e autonomia de ensino, conforme definição do MEC. A classificação se baseia nos quesitos de qualidade de ensino, qualidade de pesquisa, avaliação do mercado e indicador de inovação.

No quesito qualidade da pesquisa, foram analisados nove indicadores das universidades relacionados à pesquisa científica, como proporção de professores com doutorado, número de artigos científicos por docente e número de publicações no Scileo (biblioteca eletrônica brasileira que abrange coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros). O item tem peso de 0 a 55 pontos. Já o quesito qualidade de ensino parte de entrevista com 597 pesquisadores do CNPq (grupo de melhores cientistas e docentes do país). A cada um foi solicitado que apontasse as 10 melhores instituições brasileiras em sua área. Tal avaliação também tem peso de 0 a 55 pontos.

Para avaliar o impacto no mercado de trabalho, o Datafolha entrevistou 1.212 diretores, gerentes ou profissionais de RH de empresas e instituições brasileiras. Para cada um, foi pedido que apontasse as três instituições de ensino superior para os quais dariam preferência em um processo de contratação. O quesito tem peso de 0 a 20 pontos. No indicador de inovação, foi analisada a quantidade de pedidos de patentes registrados no INPI, por universidade.

Para o reitor da UEPG, João Carlos Gomes, o ranking da Folha adota critérios universais, que não consideram as características peculiares de cada instituição, o que inevitavelmente provoca distorções. Este seria o caso da avaliação de mercado. “Se fossem ouvidas empresas paranaenses e da região dos Campos Gerais certamente teríamos uma nota mais perto da realidade”. No caso do indicador de inovação, a partir do registro de patentes, ele admite que, de fato, há dois anos a UEPG tinha uma produção praticamente nula. Em 2010, a instituição tinha registro de apenas um pedido de patente. Hoje, são 20 registros, dos quais 12 de pesquisas geradas na própria instituição e outros oito em parceria com outras instituições, além de mais 12 pesquisas com pedidos prontos para serem depositados. “Numa avaliação futura teremos avanços nesse quesito”.

Com relação à qualidade da pesquisa, o reitor diz que o ranking espelha a realidade da instituição, com um alto percentual de qualificação docente (corpo docente com mais de 90% de mestres e doutores), criação de novos programas de pós-graduação e aumento significativo no número de pesquisas, bolsas de iniciação científica e publicações, fruto de uma política institucional de verticalização do ensino. Em contrapartida, vê distorções no item referente à qualidade de ensino, no qual 189 instituições obtiveram nota ‘zero’. “Num total de 232 instituições, 81% aparecem com a nota zero”, reforça, o reitor, explicando que não se trata de uma justificativa, mas uma constatação de que nesse aspecto o ranking pode ser melhorado, utilizando, também, os índices do MEC, que consideram qualificação docente, desempenho do estudantes e infraestrutura.
Paraná
14 universidades paranaenses aparecem no ranking, com destaque para as estaduais, onde das sete instituições que existem no Paraná, cinco fazem parte da classificação. A Universidade Estadual de Maringá (UEM) é a melhor avaliada entre elas – ocupa a 19ª posição. No Paraná só é suplantada pela Universidade Federal (UFPR), que está em sétimo lugar entre as brasileiras. A Universidade Estadual de Londrina (UEL) ocupa a 25ª posição; a UEPG está em 54ª; a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em 57ª; a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), em 85ª. As outras instituições públicas do ranking são a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) (77ª), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) (170ª) e Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).