Em assembleia realizada na segunda-feira (9), professores de rede estadual definiram pela suspensão da greve, iniciada há 29 dias e se concretizando como a mais longa da história. A assembleia definiu ainda que as aulas começam na quinta-feira (12). No entanto, os funcionários e professores retornaram aos trabalhos na terça-feira (10), para preparar as escolas para receber os alunos. Ao optarem pelo fim da paralisação, os professores votaram também pelo estado permanente de greve, o que significa que a paralisação pode ser retomada a qualquer momento. Uma nova assembleia será convocada a partir do dia 31 de março, prazo acordado com o governo do Estado para o pagamento do terço de férias, caso não ocorra o pagamento.

A assembleia foi convocada na sexta-feira (6), depois de uma reunião de representantes da categoria no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), com o governo do Estado, mediada pelo desembargador Luiz Mateus de Lima. O governo firmou uma carta-compromisso com 17 pontos, comprometendo-se a não mexer na ParanáPrevidência e nos direitos adquiridos dos servidores.

A greve foi deflagrada no dia 9 de fevereiro. Desde então, cerca de 950 mil estudantes da rede estadual, formada por 2.100 estabelecimentos, estão sem aula em todo o Paraná. Em Palmeira, todos os 14 colégios e escolas da rede estadual aderiram, deixando cerca de 4.800 estudantes sem aulas no período.

Antes da liminar determinando o início das aulas, uma outra decisão da Justiça já havia determinado as aulas para os estudantes do 3º ano do ensino médio, que seriam prejudicados com o atraso do ano letivo, já que no fim do ano prestam o vestibular e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).