Curta você também
Destaques
Palmeira apresenta cinco casos confirmados de gripe
Um informe divulgado na segunda-feira (30) pela Secretaria da Saúde mostra que Palmeira apresenta cinco casos confirmados de gripe, sendo quatro de H1N1 e um de H3. Ao todo, na regional de Ponta Grossa, são 193 casos, com 134 de H1N1 e 59 de H3. Três mortes já foram registradas na região em decorrência ao H1N1, sendo duas em Ponta Grossa e uma em Castro.
O boletim também confirma mais oito mortes decorrentes da doença no Estado, das quais três ocorreram na última semana e cinco são anteriores, mas tiveram a associação com a gripe A confirmada agora, por exames complementares.
Os óbitos ocorreram nos municípios de Marilena, São João, Prudentópolis, Lapa, Campo Mourão, Castro, Ponta Grossa e Marmeleiro. “Como aconteceu nas semanas anteriores, as mortes registradas neste informe são também de pacientes com comorbidades ou que procuraram o serviço de saúde tardiamente”, disse o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
De acordo com levantamento feito pela Secretaria da Saúde, 70% das mortes por influenza A (H1N1) ocorridas em 2012 foram de pacientes que tinham doenças pré-existentes, como cardiopatia crônica, doença mental, pneumopatia e diversos tipos de cânceres.
Desde o início do ano, foram confirmados no Paraná 986 casos e 33 mortes por influenza A (H1N1). O boletim desta semana confirma uma tendência de queda no registro de novos casos da doença. O informe da semana passada registrava 139 novos casos e o da semana anterior, 172. O período com maior número de novos casos de gripe A foi a semana de 24 a 30 de junho, quando ocorreram 328 confirmações.
“Mesmo havendo um declínio no registro de casos novos de gripe A, é preciso reforçar as estratégias adotadas: prevenção, oferta do medicamento oseltamivir e vacina dos grupos prioritários, para evitar principalmente as mortes pela doença”, afirma Paz.
A comparação com as estatísticas dos estados do sul mostra que o número de mortes pela doença é menor no Paraná. Santa Catarina registra 741 casos e 72 mortes e o Rio Grande do Sul tem 340 casos graves e 47 mortes.
Vacina
No sábado (28) o Paraná recebeu mais 240 mil doses da vacina, que já estão sendo enviadas para os municípios. As 160 mil restantes, das 400 mil anunciadas pelo governo federal, deverão chegar ao Estado ainda nesta semana. A vacina é a mesma oferecida durante a campanha de vacinação de maio e protege contra os três vírus influenza que mais circulam no país: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B.
Com as novas doses, a vacinação será ampliada para crianças de 2 a 5 anos, além de remanescentes dos grupos já priorizados: gestantes, idosos acima de 60 anos, crianças de seis meses a menores de dois anos, trabalhadores de saúde que prestam atendimento direto às influenzas e indígenas.
Outros vírus
A Secretaria da Saúde alerta também para a circulação de outros tipos de vírus causadores das síndromes respiratórias. Somente neste ano, também foram registrados 486 casos e nove mortes por Influenza A (H3), mais conhecida como gripe comum ou sazonal.
“As estratégias adotadas previnem casos e mortes por todos os vírus influenza que circulam no País. Por isso, as medidas de prevenção e tratamento devem continuar, mesmo que baixem os números de Influenza A (H1N1)”, enfatiza a coordenadora da Sala de Situação da Gripe, Angela Maron de Mello.
Volta às aulas
A Secretaria Estadual da Saúde orienta que as atividades escolares podem ser desenvolvidas normalmente, sem necessidade de prolongamento das férias escolares. As escolas devem adotar medidas de prevenção, como manter os ambientes arejados, e orientar alunos e funcionários a lavar as mãos com água e sabão sempre que tossir ou espirrar e antes de comer, cozinhar ou tocar olhos, nariz e boca, utilizar o álcool gel, entre outros hábitos de higiene.
É imprescindível que o paciente com sintomas como febre acima de 38º, dor de garganta e tosse seca procure imediatamente o serviço de saúde. “Se o medicamento antiviral for prescrito em até 48 horas, a chance de cura é de aproximadamente 100%. Também não há registro de efeitos colaterais significativos. Portanto, qualquer paciente pode receber o medicamento”, reforça Angela.