Os produtores de uva de Palmeira tiveram de adiantar a colheita deste ano. O excesso de chuvas entre dezembro e janeiro e a falta de luminosidade têm atrapalhado a maturação normal da fruta, além de facilitar os ataques de fungos, que aumentam com a umidade. Em geral, a uva alcança o ponto de maturação entre os dias 20 e 30 de janeiro, porém, a estimativa é que até a próxima sexta-feira (15) toda a produção já esteja colhida.

Na propriedade de Antônio David Rochinski, na localidade de Passo do Tio Paulo, a colheita segue em ritmo acelerado para driblar o mau tempo e a previsão de chuva para os próximos dias. Segundo ele, a rápida maturação da fruta atrai pássaros e insetos, que acabam se alimentando da uva, contribuindo para a perda de produção. “Ainda assim, não teremos uma colheita ruim, mas haverá uma pequena queda de produtividade”, afirmou o produtor.

Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral),  na safra 2013/2014, Palmeira registrou a maior produção de uvas viníferas do estado do Paraná, totalizando 1.066 toneladas colhidas, resultando em uma movimentação financeira que ultrapassou R$ 2 milhões.

As variedades produzidas em Palmeira não são exatamente apropriadas para a produção de vinhos, contudo, a maior parte da colheita é absorvida pela indústria vinífera para transformação em suco, enquanto outra parte é destinada para produção de vinhos artesanais e o excedente da produção é vendido in natura.

Rochinski pretende colher 20 toneladas da fruta na safra atual e, segundo ele, 12 toneladas já têm venda garantida para uma indústria vinífera da Cidade de Campo Largo. O restante da produção será destinada para fabricação do vinho artesanal na propriedade.