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Excesso de barulho no dia a dia coloca em risco a boa audição
Barulho de escapamentos de veículos, alarmes disparando, ruídos de obras, carros de som e música altíssima nos fones de ouvido, entre outros tantos, compõem a ‘overdose sonora’ a que somos submetidos, voluntária ou involuntariamente. O que preocupa é isto pode trazer consequências nada agradáveis à audição, principalmente para os mais jovens, que já incorporaram o hábito de ouvir diariamente música por meio de fones que conduzem o som alto diretamente ao canal auditivo, com sério risco à audição em curto tempo.
Médicos e fonoaudiólogos alertam: a juventude deve ter mais consciência quanto aos riscos do som alto e proteger a audição sob pena de ter perda auditiva antes de envelhecer. Porém, ressaltam que as consequências do uso frequente de fones de ouvido não são as mesmas para todos, uma vez que variam de acordo com o período de exposição sonora e a predisposição genética de cada indivíduo.
Para muitos jovens, ouvir música por meio de fones de ouvido dá mais disposição para ‘malhar’ nas academias. Mesmo ao andar nas ruas, eles acham que a música alta ajuda a abafar o barulho do trânsito, além de proporcionar bem-estar. Mas essa geração da tecnologia, que não larga os smartphones, dependerá mais de aparelhos de audição no futuro. Isso porque se expor a uma intensidade sonora acima de 80 decibéis ao longo do dia, todos os dias, pode provocar danos irreversíveis na audição com o passar do tempo.
A recomendação é que as pessoas que usam fones de ouvido com muita frequência façam uma avaliação chamada audiometria. É o exame que apura se o paciente já apresenta perda de audição e como deve proceder, a partir daí, para evitar o agravamento do problema. Quanto mais cedo for detectada a perda auditiva, melhor. Quando o dano à audição ainda é pequeno e o uso de aparelhos é recomendado, é possível usar um bem pequeno e discreto.
Até mesmo em casa as pessoas estão expostas a ruídos intensos: televisão, rádio e aparelhos de som em alto volume, liquidificador, aspirador de pó, secador de cabelo, tudo isso pode provocar perda de audição ao longo do tempo, se não houver resguardo quanto ao excesso de barulho.
Prevenção
De acordo com estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), 360 milhões de pessoas sofrem de perda de audição no mundo. A médica da OMS, Regina Ungerer, defende medidas de prevenção, principalmente para quem mora em centros urbanos, por causa da exposição a ruídos acima de 80 a 90 decibéis.
Infelizmente, é comum que só se procure tratamento quando o caso já está mais grave. Qualquer dano à audição vai se somando ao longo do tempo e os efeitos podem não ser logo sentidos.
Depois do diagnóstico do médico, cabe aos fonoaudiólogos indicar qual tipo e modelo de aparelho são indicados para atender às necessidades do deficiente auditivo.