Agrícola

Notícia publicada sexta-feira 29 janeiro 2016

Estados da região Sul do Brasil produzem 98% do fumo do país

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Cultivado em 619 municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, o fumo tem na região Sul 98% da produção brasileira. Com 154 mil produtores integrados, um universo de aproximadamente 615 mil pessoas participa do ciclo produtivo no meio rural, somando uma receita bruta anual de R$ 5 bilhões. Na safra 2014/2015 foram produzidos 692 mil toneladas e, entre os municípios, o maior produtor foi Venâncio Aires (RS), com 20.316 toneladas. Municípios da região figuram na lista de maiores produtores divulgada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

Em sexto lugar entre os maiores produtores de fumo do Brasil está São João do Triunfo, com 13.680 toneladas. Em 11º aparece Rio Azul, com 12.702 toneladas produzidas; depois, em 15º está Prudentópolis, com 9.651 toneladas; em 17º aparece Ipiranga, com 8.432 toneladas; e em 20º figura Imbituva, com produção de 8.226 toneladas de fumo.

Palmeira, que na safra 2013/2014 produziu mais de 8.400 toneladas, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), não figura no ranking divulgado pela Afubra entre os 20 maiores produtores de fumo no Brasil. A produção do município na safra 2014/2015 não foi divulgada.

Na lista dos 20 municípios com maior volume produzido, 12 são gaúchos, cinco são paranaenses e quatro são catarinenses. Canguçu (RS), o segundo em produção, é o que possui o maior número de produtores, com 4.892.

Para o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, a produção de tabaco faz parte da tradição destes municípios, além de ser a cultura fundamental nos aspectos sociais e econômicos. “É essa tradição do cultivo em pequenas propriedades diversificadas que confere excelência ao tabaco brasileiro, reconhecido pelos importadores por sua qualidade ímpar”, comenta.

Diversificação

Uma das principais características comuns às propriedades produtoras de tabaco é a diversificação de culturas e de renda. Em números gerais – levando-se em conta todos os 154 mil produtores -, a área média das propriedades é de 15,3 hectares, sendo que apenas 17,6% do terreno é destinado ao cultivo de tabaco, que responde por 51,4% da renda do produtor. O perfil da propriedade levantado pela Afubra mostra produtores abertos à diversificação e conscientes sobre a preservação ambiental. Na safra 2014/2015, além do plantio de tabaco, o cultivo do milho respondeu por 22,5%, a soja por 7,8%, o feijão por 1,8%, e outras culturas por 3,1%. A pastagem ocupa 20,3% da propriedade e o índice de cobertura florestal é de 26,9% com áreas de mata nativa preservada (15,7%) e reflorestada (11,2%).