A produção de feijão orgânico pode ser uma alternativa para alguns produtores da região e, para demonstrar a viabilidade dessa cultura, os técnicos do Instituto Emater montaram uma Unidade Demonstrativa na propriedade de Adão Jorge Gross, na localidade  de Pinheiral de Baixo, no município de Palmeira. No dia 16 de dezembro, o proprietário recebeu visitantes para uma tarde de campo. Gross é assistido pelo Instituto Emater e faz parte do grupo de produtores familiares assistidos por meio da chamada pública da Sustentabilidade, com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

A propriedade em Palmeira é diversificada. Ali são exploradas a suinocultura, a soja, o milho, o feijão, além da bovinocultura de leite e um minhocário. A unidade de feijão orgânico tem 0,8 hectare, onde foi plantada a cultivar Curió, fornecida pelo Iapar. “A região de Palmeira concentra grande número de produtores orgânicos, inclusive de fumo. Esses agricultores não têm uma semente de feijão de qualidade para plantar. Então montamos essa unidade para produzir o feijão curió que é indicado para o plantio da segunda safra”, explicou Ingo Bauchrowitz, extensionista da Emater de Palmeira que acompanha a unidade.

O trabalho faz parte do projeto Centro Sul de Feijão e Milho que conta com o envolvimento do Iapar, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), da Syngenta e do Instituto Emater. De acordo com Bauchrowitz, a expectativa é que a área produza 2.400 quilos de sementes. O extensionista informou que no manejo da unidade o produtor usou apenas caldas (sulfocálcica e bordalesa), e óleo de Nin para controlar doenças e pragas. As ervas daninhas foram controladas com a carpideira. “O feijão foi mantido no limpo, o que evitou a competição da cultura com o mato. Também foram plantadas algumas linhas de girassol e milho no meio do feijão para atrair a vaquinha que ataca o feijão”, explicou o extensionista.

A colheita do feijão orgânico já está em execução. Depois de as sementes serem selecionadas, com a destinação para o consumo do feijão que apresentar problemas, uma saca deve ficar com o Instituto Emater para o plantio em outra Unidade Demonstrativa. O restante ficará com o produtor, que poderá comercializar o feijão com agricultores interessados.

Durante a tarde de campo, os produtores ficaram sabendo um pouco mais sobre a cultivar Curió, além de conhecer métodos de combate de pragas e doenças do feijoeiro orgânico, bem como dados sobre a comercialização e o beneficiamento de feijão.