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Colheita de trigo avança para etapa final no Paraná e preço é o problema
A colheita de trigo do Paraná, principal Estado produtor do grão no Brasil, avançou para 81 por cento da área semeada, ante 75 por cento na semana passada, tendo chegado ao fim em diversas regiões importantes, restando aos produtores dificuldades na comercialização do produto colhido.
Segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), ligado ao governo estadual, no mesmo período do ano passado 85% do trigo paranaense estava colhido, o que reforça a tendência deste ano de uma safra mais escalonada devido a um plantio atrasado.
Colheita
Em importantes regiões como Campo Mourão, Cascavel e Cornélio Procópio, produtores praticamente já finalizaram a colheita, segundo dados do Deral. O produto, considerado de boa qualidade por agentes de mercado, está agora armazenado em silos de tradings e cooperativas, aguardando a comercialização.
“Do trigo que recebemos dos cooperados, cerca de 50 por cento está comercializado (com preço fixado)”, disse o gerente comercial de milho e trigo da cooperativa Cocamar, de Maringá, Luis Fernando Gomes.
O mercado, contudo, está praticamente travado, com agricultores e compradores aguardando definições sobre a tendência de preços, em meio a uma baixa do mercado.
Os preços do trigo em grão e dos derivados (farelo e farinha) encerraram o mês de outubro em queda, segundo o Cepea, centro de pesquisas ligado à Universidade de São Paulo.
Preço do trigo
De setembro para outubro, o preço do trigo no mercado de lotes (disponível) caiu 14,4 por cento no Rio Grande do Sul, 14 por cento em São Paulo e 10,4 por cento no Paraná, pressionado pela oferta da nova safra no país e por grande disponibilidade no mercado internacional.