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Agrícola
Clima instável no Paraná coloca produtores de soja em alerta
A alternância entre tempo aberto e pancadas de chuva deve ser a marca das próximas semanas no Paraná, estado segundo maior produtor de grãos do Brasil. Essa condição pode promover interrupções momentâneas na colheita de soja, mas tende a beneficiar o desenvolvimento final das lavouras. Embora não haja previsão para ocorrência de chuvas continuadas até o final de fevereiro, produtores estão em alerta em relação ao clima.
No Paraná, em partes das regiões Noroeste e Oeste, os trabalhos de colheita de soja avançaram para 4% da área, conforme levantamento do Departamento de Economia Rural do Estado (Deral). O ritmo está ligeiramente à frente de um ano atrás, quando, no mesmo período, apenas 1% da área tinha sido colhida. A expectativa do Deral é de uma safra de 17,07 milhões de toneladas de soja, alta de 17% ante 2013/14.
Uma frente fria trouxe chuva às regiões produtoras do estado na semana passada, mas os mapas meteorológicos sugerem para os próximos dias o retorno de dias com sol pela manhã e precipitações à tarde, prevê a Climatempo. Para fevereiro, no pico da colheita no estado, a indicação é de chuvas de normal a abaixo da média. “Há poucas chances de tempo completamente fechado no Paraná em meados do mês que vem”, prevê o meteorologista Alexandre Nascimento. O indicador Cepea/Esalq para a soja no Paraná registrou baixa de 0,99% na sexta-feira, para R$ 56,92 a saca.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ainda não refletiu em suas estimativas possíveis perdas causadas pelas intempéries. No início de janeiro, a autarquia projetou uma safra de 95,9 milhões de toneladas de soja, 11,4% acima de 2013/14. Os números serão atualizados em relatório no dia 12 de fevereiro.