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Economia
Bancários aceitam proposta e voltam a atender público, mas Caixa mantém greve
Após os bancos oferecem um reajuste salarial de 10%, os bancários decidiram ontem, acabar com a greve em todo o País. No Paraná, as assembleias em várias cidades com base sindical foram realizadas na segunda-feira (26). Apenas os bancários da Caixa Econômica Federal recusaram a oferta da empresa, e mantêm a greve. A paralisação durou 21 dias. A categoria volta ao trabalho nesta terça-feira (27).
O reajuste de 10% representa ganho real de 0,11% e também é válido para a Participação nos Lucros e Resultado (PLR). Além disso, a proposta dos bancos inclui abono de até 72% dos dias em que houve paralisação e aumento de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação, que hoje são de R$ 572,00 e R$ 431,16, respectivamente.
Os bancários entraram em greve após cinco rodadas de negociações sem sucesso. Inicialmente, os bancos ofereceram reajuste de 5,5%, sob a justificativa de que essa era a projeção para a inflação nos próximos 12 meses. A proposta chegou a ser ampliada para 7,5% e 8,75%, mas as duas foram rejeitadas pelos trabalhadores. Até que, na sexta-feira passada, houve nova elevação, dessa vez para 10%, superando a inflação do período.
Com a última proposta feita no sábado, que incluiu a negociação sobre a reposição dos dias parados, o Comando Nacional dos Bancários, que representava a categoria nas negociações, recomendou que a oferta fosse aceita.
No sábado, o Banco do Brasil fez oferta semelhante aos seus funcionários. No domingo, a Caixa apresentou sua proposta. Todas tinham a recomendação do comando para serem formalizadas nas assembleias.
Caixa
A proposta da Caixa Econômica para seus funcionários não diferia muito da oferta dos bancos privados e do Banco do Brasil, mas os trabalhadores da Caixa exigem outros iten, como contratações de mais empregados, fim do GDP — a gestão de desempenho de pessoa — e isonomia, que foram negadas.