Curta você também
Geral
Arrecadação de ICMS na região dos Campos Gerais soma R$ 564 milhões
A arrecadação de Impostos sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na região dos Campos Gerais atingiu a marca de R$ 564,3 milhões até o final do mês de julho. Os números foram revelados pela Delegacia Regional da Receita Estadual em Ponta Grossa, que abrange 22 municípios. Somente na cidade de Ponta Grossa, responsável por 75% de toda a arrecadação regional, o valor obtido junto às empresas da região atingiu a marca de R$ 423,4 milhões.
Na comparação com o valor recolhido no ano passado a arrecadação teve uma queda. Nos sete meses, o valor recolhido no ano passado foi de R$ 635,7 milhões, ou seja, uma queda de 11,23% neste ano. Em Ponta Grossa também houve uma retração, no mesmo patamar, de 10,7%, já que o valor acumulado registrado até julho de 2016 foi de R$ 474,2 milhões. Segundo explica o delegado da Receita Estadual no município, Odair de Paula Bomfim, a baixa é justificada por uma alteração nas leis. “Tivemos a queda principalmente devido a uma alteração na legislação, que postergou o recolhimento do ICMS para a operação seguinte, fazendo com isso que uma parte da arrecadação de nossa regional fosse distribuída entre várias empresas de outras regionais”, explicou.
O delegado lembra que o valor obtido neste ano é comparado com o do ano passado, quando a delegacia obteve um recorde em arrecadação, período marcado pelo início da operação da Ambev. “Foi quando o desempenho da arrecadação regional foi o maior percentual de incremento do Estado”, recorda. Ao fechar do ano, o valor obtido superou a marca de R$ 1 bilhão nos Campos Gerais, com um incremento de 28,7% em relação à 2015. No município de Ponta Grossa em si essa alta foi ainda mais expressiva no ano passado, de 31%.
Na comparação mensal, apenas o mês de janeiro registrou um incremento na região, na comparação com o mesmo mês em 2016 – Os R$ 104,8 milhões obtidos em janeiro de 2016 saltaram para R$ 114,5 milhões neste. Por outro lado o mês que registrou a maior diferença foi maio, em queda superior a 25%, com a baixa de R$ 102,7 milhões para R$ 74,7 milhões.
A alteração na legislação trouxe grande impacto principalmente pelo fato de que os números regionais estão baseados no valor pago por indústrias de grande porte. “A nossa arrecadação regional está concentrada em poucas grandes empresas e por isso qualquer diferença na arrecadação dessas empresas afeta diretamente o nosso desempenho regional”, conclui Bomfim.
Foto: Fernando Rogala