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Notícia publicada terça-feira 06 maio 2014

Análises mostram que qualidade da água do rio Iguaçu está mediamente poluída

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Há oito anos o Grupo Ambientalista do Rio Iguaçu (Gari) realiza a Expedição Cientifica do Alto Iguaçu, onde uma equipe técnica formada por biólogos, mestres, doutores, ambientalistas voluntários e o funcionários do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), realiza coleta de dados com imagens e análise da água. O objetivo é obter parâmetros técnicos para nortear políticas públicas para conservação da natureza.

Na expedição realizada em 2012 foi constatado que a qualidade da água estava ameaçada, porém o resultado piorou na ação de 2014. Com base nos resultados anteriores foi evidenciado que a classificação do Iguaçu é compatível com a Classe Mediamente Poluída (classe 3). Há dois atrás a classificação do rio Iguaçu, no trecho de aproximadamente 160 km em que foram feitas as coletas de água, era Classe Boa (2), porém com consideráveis concentrações de matéria orgânica e fósforo total, ameaçando a qualidade da água do rio e de suas represas.

As altas cargas de fósforo total e de DBO5 alertam para o agravamento no processo de eutrofização e da proliferação excessiva de algas (florações), nos reservatórios de Foz do Areia e de Segredo. A falta ou ineficiente tratamento de esgotos sanitários, além da poluição orgânica proveniente da agricultura e pecuária, carreiam consideráveis cargas pontuais e não pontuais de nutrientes e de matéria orgânica para o rio Iguaçu, ameaçando o comprometimento das represas deste ecossistema.

Lembrando que a Policia Federal já denunciou a Sanepar por não tratar 100% do esgoto coletado e jogar o mesmo in natura nos rios por saídas clandestinas, e demais acusações. Durante todas as expedições realizadas foram feitas diversas coletas de dados que podem ser conferidas no site do Gari.

A Expedição Cientifica do Alto Iguaçu conta com o apoio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Agência Nacional de Águas (ANA), Polícia Militar, através do Corpo de Bombeiros e Força Verde, Águas Paraná, prefeituras de municípios banhados pelo rio Iguaçu, entre outros.

 Solução

De acordo com o Grupo Ambientalista do Rio Iguaçu (Gari), ainda existe a possibilidade de salvar o rio Iguaçu, porém depende de cada pessoa. “Esta na hora da população entender que a 7ª Maravilha da Natureza, as Cataratas do Iguaçu, faz parte deste mesmo rio que tanto é massacrado. Talvez se o Governo do Estado/Federal de alguma forma convertesse parte da arrecadação do Parque Nacional do Iguaçu, em políticas de educação e conservação ambiental, unidas as forças de lideranças municipais, ai o rio pode novamente ser considerado um rio limpo e piscoso”, relatou o grupo.

O ambientalista Léo de Freitas fez o seguinte apelo na carta manifesto: “Deixo aqui meu apelo às autoridades municipais, à Sanepar e ao Ministério Público que, por favor, unam-se com um objetivo maior, em prol da preservação deste importante patrimônio natural, antes que seja tarde demais. Acredito que a criação de um Consórcio intermunicipal para preservação do Rio Iguaçu poderia ajudar a unir todos neste objetivo, em prol da vida!”.