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A Ciretran que Palmeira quase teve ficou na placa de lançamento da pedra fundamental
Seria a número 100 do estado, conforme foi divulgado na época pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), a Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) em Palmeira. A Prefeitura cedeu área para o Estado e houve até solenidade de lançamento da pedra fundamental no local, em 2005, onde hoje está apenas a placa alusiva. O evento teve a presença do diretor geral do Detran-PR, Marcelo Almeida, que discursou e encheu de esperanças os presentes com a possibilidade de contarem no município com todos os serviços prestados pelo órgão.
Porém, o tempo passou e a Ciretran número 100 foi para Ribeirão Claro, município da região Nordeste do Paraná que tem pouco mais de 10 mil habitantes. Depois, a número 101 foi para Reserva, no Centro do estado, que tem quase a mesma população de Palmeira. Na região dos Campos Gerais, foi ativada ainda uma Ciretran em Carambeí, que tem pouco menos de 20 mil habitantes e está localizada a poucos quilômetros de Ponta Grossa e de Castro, onde funcionam Ciretrans. Apesar de figurar entre os 50 maiores municípios mais populosos do Paraná, Palmeira continua sem contar com a sua.
O que existe em Palmeira é um posto de atendimento do Detran-PR, que oferece alguns serviços do órgão e funciona em um espaço acanhado cedido pela Prefeitura Municipal. Funciona a poucos metros do terreno doado ao Estado e onde deveria estar construída a Ciretran, com todas as instalações necessárias para atender moradores de Palmeira e Porto Amazonas, totalizando quase 38 mil habitantes e uma frota que ultrapassa 17 mil veículos.
Para serviços como exames de direção, psicotécnicos e médicos para a primeira habilitação ou renovação, os palmeirenses são obrigados a ir até a Ciretran de Ponta Grossa. Lá, encontram um grande fluxo de usuários e chegam a esperar vários dias até conseguir vagas para os exames. Além disso, há o custo de deslocamento e outros
Briga política
A construção da Ciretran em Palmeira não teria sido efetivada devido a uma rixa política ocorrida em 2006 entre o prefeito Altamir Sanson e o então vice-prefeito Álvaro Bacila, filiado ao PMDB, aliado político de Marcelo Almeida, que era deputado federal licenciado para atuar como diretor geral do Detran-PR e naquele ano foi candidato à reeleição. Como o prefeito não deu apoio integral à candidatura de Almeida, assim como também não integralizou apoio à reeleição do deputado estadual Alexandre Curi, outro aliado de Bacila, a suspensão do projeto de construção e instalação da Ciretran em Palmeira foi conseqüência da disputa política.