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Histórias das Eleições Municipais
Eleição de 1959 tem José Antônio Bordignon como candidato único a prefeito de Palmeira
Capítulo à parte na história das eleições municipais em Palmeira, o pleito de 1959 teve como peculiaridade a candidatura única a prefeito, obtida a partir de acordo entre as lideranças dos partidos políticos. José Antônio Bordignon, do PSD, agregou apoios também do tradicional aliado PR e dos até então adversários PTB e UDN. Obtendo a maioria dos votos, somando 2.879 sufrágios favoráveis à sua candidatura, Bordignon é eleito prefeito. Foram contabi-lizados 772 votos em branco e 21 votos foram considerados nulos, totalizando 3.672 votantes naquela eleição, realizada no dia 3 de outubro, quando os eleitores foram às urnas para também eleger nove vereadores e o governador do Estado.
Apesar da candidatura única a prefeito, a eleição para a Câmara Municipal voltou a ter o embate político entre os tradicionais adversários. Partido do prefeito eleito e da situação, o PSD elegeu cinco vereadores e manteve a maioria no Legislativo. Por sua vez, a coligação entre PTB e UDN conseguiu manter as quatro cadeiras que ocupava na Câmara Municipal. Entre os vereadores eleitos estavam Daniel Mansani, do PTB, e Baptista Cherobim, do PSD, que seriam candidatos a prefeito adversários na eleição municipal de 1962. Os mandatos legislativos começaram em 1959 e terminaram em 1963.
Em 1959, Juscelino Kubitschek de Oliveira era o presidente do Brasil. Foi o primeiro presidente do Brasil a nascer no século 20 e o primeiro presidente do Brasil eleito pelo voto direto nascido após a Proclamação da República. Foi o último político mineiro eleito para a presidência da república pelo voto direto, antes de Dilma Rousseff. Casado com Sarah Kubitschek, com quem teve as filhas Márcia Kubitschek e Maria Estela Kubitschek, foi o responsável pela construção de uma nova capital federal, Brasília, executando, assim, um antigo projeto, já previsto em três constituições brasileiras, da mudança da capital federal do Brasil para promover o desenvolvimento do interior do Brasil e a integração do país.
Durante todo o seu mandato como presidente da República, (1956-1961), o Brasil viveu um período de notável desenvolvimento econômico e relativa estabilidade política. Com um estilo de governo inovador na política brasileira, Juscelino construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros.
Segundo seu adversário José Sarney, Juscelino foi o melhor presidente que o Brasil já teve, por sua habilidade política, por suas realizações e pelo seu respeito às instituições democráticas. O governo de JK tinha como slogan “Cinquenta anos em cinco”, justificado pelas realizações que empreendeu.