O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná recebeu 26 pedidos de impugnação de candidaturas. O prazo para contestações foi encerrado na terça-feira (15). Apenas o Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou 13 pedidos, entre eles a do ex-prefeito de Palmeira, Altamir Sanson (PSC), que pediu registro de candidatura a deputado estadual.

O motivo do pedido de impugnação da candidatura de Sanson pelo MPE é sua inelegibilidade pela desaprovação de contas da Prefeitura de Palmeira dos anos de 2005 e 2006, baseado em decreto legislativo da Câmara Municipal de Palmeira de 2013.

A partir do momento em que for notificado pelo TRE do pedido de impugnação de sua candidatura, o ex-prefeito terá prazo de sete dias para apresentar suas contestações. Depois disso, a Justiça Eleitoral deve decidir se homologa ou não a candidatura no prazo de 72 horas. O mesmo procedimento se aplica a todos os que tiveram solicitação de impugnação de candidaturas.

O MPE impugnou o deputado estadual Bernardo Guimarães Ribas Carli (PSDB), que tenta a reeleição. O tucano foi condenado pelo TRE por compra de votos nas eleições de 2010. José Baka Filho (PDT), candidato a deputado federal, também é alvo do MPE. Ele tem contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas do Paraná, quando era prefeito de Paranaguá. Um dos envolvidos com o caso Banestado, Ademar Costa (PDT) também teve a candidatura a deputado estadual impugnada devido a condenação penal.
Também foram impugnados pelo MPE os seguintes candidatos: Hussein Bakri (PSC), Luiz Eduardo Casagrande (PSC), José Augusto Felippe (PSD), Almir Batista dos Santos (PTB), Oscar Moreira (PTN), Alecsandro Cavalcanti (PT), Celso Luiz Rocha (PRP) e Sonia Zapata (PV). Um dos candidatos impugnados pelo MPE não teve o nome revelado, por ter processo em andamento na Justiça Criminal do Estado.

Gleisi
Fora da lista do MPE chama a atenção o pedido de impugnação contra a candidata ao governo do Estado pelo PT, Gleisi Hoffmann, feito pelo adversário Ogier Buchi, candidato ao governo pelo PRP. Segundo ele, a reunião para a escolha do candidato a vice-governador na chapa da petista ocorreu somente no dia 2 de julho, “portanto fora do prazo legal para as convenções de escolhas de candidatos”. Pela legislação eleitoral, as deliberações devem ocorrer entre 10 e 30 de junho.