O governo do Paraná lançou o piloto do seu novo programa de concessão de rodovias estaduais. No início de setembro, o Estado assinou a primeira parceria público-privada (PPP) com o Consórcio Rota 323, do qual participa o Grupo Odebrecht. O modelo de concessão em parceria deve ser utilizado em outras rodovias estaduais, como a PR 151, no trecho entre Palmeira e Ponta Grossa, que tem estudos para duplicação.

Único a apresentar proposta em leilão, o Consórcio Rota 323 levou a concessão por 30 anos da PR-323 – de Maringá a Francisco Alves. São 220 quilômetros, que serão duplicados, com tarifas de R$ 3,90 em quatro praças, ou R$ 7,00 a cada 100 quilômetros. Além dos valores pagos pelos usuários, o grupo receberá aporte anual de R$ 96 milhões do governo.

Em média, o valor da tarifa é 28% mais barato que a do Anel de Integração do Estado (R$ 9,80), concedido no final dos anos 1990. Mas é 163% mais caro que a tarifa de R$ 2,66 que será cobrada na concessão do governo federal da BR-163, em Mato Grosso. Lá, o mesmo grupo Odebrecht vai duplicar metade dos 800 quilômetros concedidos. E não terá a contrapartida de R$ 96 milhões que o governo do Paraná dará anualmente para a concessionária na PPP.

Segundo o governo, o pedágio só começa a ser cobrado na PR 323 após a duplicação de cada trecho de 45 quilômetros. Os investimentos previstos são de R$ 6 bilhões.

PR 151

Com estudos para duplicação em elaboração pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o trecho da PR 151 entre Palmeira e Ponta Grossa deve ser incluído no programa de concessões de rodovias estaduais, com possível PPP. Isto significa que dentro dos próximos anos pode ser implantado o sistema de cobrança de pedágio no trecho da rodovia.

Segundo o DER, o trecho da PR 151 tem fluxo diário de cerca de 8 mil veículos. Os estudos do órgão foram iniciados em junho e não há previsão para a conclusão, bem como nenhuma estimativa de início de obras. A rodovia, por enquanto, vem recebendo apenas serviços de conservação e manutenção.