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Mãe de contadora presa por desvios na Câmara fala em manifestação pela soltura da filha
Lucélia Gremski, mãe da contadora Giseli Gremski Vida, que está presa desde o dia 29 de agosto em virtude de seu envolvimento em desvios de recursos da Câmara Municipal de Palmeira, disse que deve acontecer uma manifestação pública em favor da soltura de sua filha. Segundo declarou em entrevista à Rádio Ipiranga, cerca de 200 pessoas amigas da família já teriam se comprometido em participar da manifestação, que não tem uma data confirmada para acontecer.
O pedido de relaxamento da prisão da contadora, apresentado na Comarca de Palmeira, foi negado pela Justiça, o que provocou apresentação de recurso dos advogados dela ao Tribunal de Justiça, que até o momento não apreciou o caso.
Segundo Lucélia, a filha está passando mal, detida há mais de 50 dias na ala feminina do Presídio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa. Além disso, os dois filhos da contadora também apresentam problemas de saúde e a família está com todos os bens e contas bancárias bloqueados.
A mãe da contadora disse ainda que tomou a iniciativa de procurar o presidente da Câmara Municipal, vereador Fabiano Cassanta (PR) e este teria dito a ela que se Giseli assumisse a culpa pelo desvio de R$ 60 mil, ele “colocaria uma pedra em cima”, ignorando os fatos.
A Rádio Ipiranga também ouviu o vereador, que afirmou não ter feito nenhuma proposta à mãe da contadora. Cassanta disse que foi procurado, sim, em sua casa, pela mãe e pelo pai de Giseli, para informar a eles sobre os acontecimentos que levaram à prisão da filha.
Os fatos
Giseli é acusada de cometer desvios de recursos da Câmara desde 2012. Ela teve a prisão decretada pela juíza Cláudia Sanine Ponich Bosco, no final do mês de agosto, após investigação dos fatos e denúncia feita pelo Ministério Público (MP), com base em evidências recebidas da Câmara, que instaurou uma sindicância para apurar suspeitas de irregularidades.
As investigações do MP apuraram que os desvios de recursos da Câmara Municipal chegaram próximos a R$ 270 mil. O dinheiro foi transferido por via eletrônica para contas bancárias da contadora, segundo consta em extratos requisitados pelo MP e repassados pela própria Câmara.
Em depoimento ao MP, Giseli afirmou que sacava o dinheiro e repassava parte para o presidente da Câmara. Cassanta, no entanto, negou que tenha recebido dinheiro da contadora e disse não ter sentido a versão apresentada por ela porque foi ele quem denunciou os desvios.