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Notícia publicada quarta-feira 10 setembro 2014

Irregularidades nas finanças e ação do Sismup são destaque em sessão da Câmara

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Na sessão da Câmara Municipal realizada na terça-feira (9), os pronunciamentos dos vereadores abordaram a sindicância para apurar irregularidades nas finanças do Legislativo e a prisão da contadora Giseli Gremski Vida, suspeita de cometer irregularidades. Outro assunto que ganhou destaque foi a ação judicial proposta pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palmeira (Sismup) visando a realização de eleição para o conselho do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e afastamento dos atuais membros dos conselhos administrativo e fiscal.

O vereador João Alberto gaiola (PDT) foi o primeiro a falar sobre as supostas irregularidades na Câmara Municipal. Ele disse que o episódio é grave e que deve ser investigado com urgência. “A investigação tem que ser segura, minuciosa, mas não tem que ser lenta, nem calma, a população tem que fazer junto com a gente isso, para que não fique desconfiança. E, assim, aqueles que infringiram a lei, sejam penalizados”, salientou o vereador.

O presidente da Câmara, Fabiano Cassanta (PR), também fez uso da palavra para comentar sobre o que foi divulgado por um jornal da cidade, que a servidora, que está presa, acusada de ter cometido desvios de recursos, fez declarações ao Ministério Público que alega que Cassanta tinha conhecimento das movimentações financeiras da Câmara. Ele comentou que, ainda na manhã de terça, esteve com outros ex-presidentes do Legislativo no Ministério Público depondo sobre o assunto e que, pelo que já foi levantado pela comissão de sindicância, as irregularidades já aconteciam antes mesmo dele assumir a presidência. “Tanto sabia que denunciei, tanto sabia que exonerei ela do cargo de diretora financeira”, disse Cassanta.

O presidente anunciou ainda que na quarta-feira (10) será apresentado o relatório da comissão de sindicância e que todos os vereadores terão acesso aos dados. “Há mais de uma semana já encaminhamos toda a documentação ao Ministério Público. É um momento delicado, mas fui eu quem descobriu e denunciou, por isso estou tranquilo”, disse Cassanta, salientando que sua conta bancária está a disposição da Justiça.

Cassanta disse também que tanto ele quanto a Câmara agiram desde o início com transparência. Comentou que a partir do momento em que teve fortes indícios de irregularidades abriu a sindicância e informou imediatamente aos demais vereadores sobre a situação. O presidente informou que na quinta-feira (11) será aberto um processo administrativo e que, provada a culpa da servidora, resultará na sua exoneração do cargo efetivo.

Em aparte, o vereador Pastor Anselmo (PSD) disse que se tivesse que condenar o presidente, o condenaria por confiar cegamente na servidora e citou uma passagem bíblica. “Maldito seja o homem que confia em outro homem”, porém, disse que confia no ‘pente-fino’ que será feito. Mário Wieczorek (PP) também aparteou Cassanta e disse que em depoimento ao Ministério Público comentou que é de praxe o presidente confiar nos profissionais a serviço da Câmara, como no caso da contadora, que além de ser de funcionária de carreira sempre demonstrou ser de confiança. Salientou que está satisfeito com o final da sindicância e contou que já foram solicitados extratos de outros períodos em que ele, bem os ex-vereadores como Max Vida e Ivano Cherobim foram presidentes do Legislativo. “É uma lógica dos presidentes confiarem na contadora e jamais se imaginava que ela faria transferências para a conta dela”, disse Wieczorek.

Ação do Sismup

Na tribuna, ainda, o vereador Gaiola discorreu sobre a ação judicial movida pelo Sismup contra a recondução dos membros do conselho do RPPS e convocação de eleição. Gaiola leu trechos do processo e disse que a recondução remete a lesão ao erário público. “Agora, os funcionários se movimentaram, pois eu já tinha nesta Casa tentado aprovar projeto de decreto legislativo anulando um ato ilegal do Executivo que, desrespeitando a lei, renomeou para o quarto ou quinto mandato os conselheiros do RPPS”, disse o vereador.