A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, vai intensificar os trabalhos de certificação e cuidados com o trânsito da maçã comercializada para outros estados. A solicitação foi feita na terça-feira (4) por um grupo de produtores e empresários de Porto Amazonas, ao secretário Norberto Ortigara.  Tradicionalmente o Paraná inicia a partir deste mês a colheita do produto, que segue até março.

Para garantir a comercialização da safra paranaense também para outras regiões do país, os produtores necessitam da comprovação da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV). A norma é determinação federal e garante a qualidade da produção enviada para outras regiões do País. E no Paraná, quem realiza esse trabalho são os fiscais da Adapar.

“O Paraná não tem a incidência da praga quarentenária Cydia Pomonella, mais conhecida como traça da maçã, e a certificação vai comprovar esse status sanitário. Mas é importante mantermos o monitoramento e vigilância constantes, para garantirmos a boa qualidade e confiança da cultura no Estado”, afirma o engenheiro agrônomo e diretor de Defesa Agropecuária da Adapar, Adriano Luiz Riesemberg.

A produção brasileira de maçã é concentrada nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Santa Catarina é a maior produtora. A estimativa da última safra (2011) no País ficou em torno do 1,15 milhão de toneladas. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), o Paraná responde por cerca de 5% da produção nacional de maçãs. Na última safra o Estado teve uma área de plantio de 1.920 hectares, e colheu 58.200 toneladas do produto, com um aumento de 2% em relação ao ano anterior (2010). Somente em Porto Amazonas foram produzidas 6.200 toneladas da frutas na última safra, em uma área cultivada de 230 hectares.