Em reunião que aconteceu na noite desta quarta-feira (15), por decisão da maioria, os moradores da comunidade do Quero-Quero optaram pela pavimentação da estrada daquela localidade conforme o previsto no projeto original que prevê o pavimento em paver. A Prefeitura levou três opções de revestimento para a estrada: asfalto, paver e concreto.A reunião aconteceu no salão da Igreja católica com a participação de dezenas de moradores.

Pela Prefeitura, para prestar os esclarecimentos técnicos de cada tipo de pavimento estiveram o engenheiro responsável pelo projeto, Aldemar Viante e os secretários do Desenvolvimento Rural, Geraldo Vasco e do Desenvolvimento Urbano, Fabiano Cassanta.
Em nome da comunidade, a moradora do local Silvane Eurich, responsável pela organização do encontro, destacou a forma democrática como o prefeito Altamir Sanson vem tratando a questão, dando oportunidade aos moradores de escolherem a melhor opção para a comunidade. Ela explicou os motivos da reunião e pediu que se buscasse consenso para que uma solução duradoura para o problema que a comunidade vive há anos.

Geraldo Vasco e Fabiano Cassanta deixaram claro que os recursos financeiros para a obra já estão liberados e que só falta mesmo a decisão dos moradores. A obra já foi licitada, há uma empresa vencedora. Eles lembraram que um recurso foi interposto, por parte de outra empresa participante do certame e que, assim que houver uma definição sobre essa questão, o contrato poderá ser assinado para início das obras.

Eles também explicaram que, independente do tipo de piso utilizado, a obra terá uma extensão de 5.483,90 metros.
Já o engenheiro, Aldemar Viante explicou os detalhes técnicos de cada pavimento: asfalto, paver e concreto, destacando vantagens e desvantagens de cada um deles.

Asfalto
Em relação ao asfalto, ele destacou que se trata de pavimento de boa qualidade, com vida útil estimada em torno de 10 anos, de boa resistência e baixa manutenção. No entanto, trata-se de um produto cujo preço oscila de acordo com as variações do dólar, necessita mão de obra especializada feita, geralmente, por empresas terceirizadas, além da possibilidade de problemas ambientais durante a obra.

Paver
Quanto ao Paver, Viante informou que, no início a proposta era de usar pedras poliédricas. Não foi possível pela impossibilidade de financiamento para esse tipo de pavimento. O paver é o material mais parecido com as poliédricas. Trata-se de um material também resistente, de baixa manutenção e o projeto prevê a fixação numa base apropriada para suportar o trânsito previsto para aquela estrada. Não necessita mão de obra especializada, a obra é rápida porque, uma vez feito o assentamento o trânsito é liberado em seguida e tem uma vida útil estimada em 20 anos.

Concreto
Trata-se de um tipo de pavimento que vem sendo utilizado em larga escala devido à sua durabilidade. A obra é mais demorada, já que depende de um tempo de secagem e cura de, aproximadamente, dez dias entre a aplicação e a liberação ao tráfego. Enquanto paver necessita uma base forte, o concreto é aplicado em uma base menor, o que ajuda a equilibrar os custos. Praticamente não requer manutenção, mas, se necessária, é de fácil e rápida reparação. O tempo de vida útil estimada em 40 a 50 anos.
Viante explicou que, no caso o paver, como a licitação já foi realizada, é possível que a assinatura do contrato ocorra em pouco tempo e a obra tenha início entre 30 a 60 dias. Para os outros pavimentos, será necessário refazer o projeto e uma nova licitação o que atrasaria o início das obras em, pelo menos, 6 meses.
Após as explicações e, depois de responder diversas perguntas, por votação os moradores escolheram a segunda opção, mantendo o projeto inicial. Assim, a estrada da comunidade do Quero Quero será revestida com pavers com previsão de até 60 dias para o início das obras.

A extensão total será de 5.483,90 metros, com 8 metros de largura sendo duas pistas de 3,25 metros cada e uma faixa de ciclovia/pedestres com largura de 1,50 metro. O valor total da obra é de R$ 8.850.000 00 com prazo de conclusão previsto em 10 meses.

Foto: Prefeitura de Palmeira