Destaques

Notícia publicada quarta-feira 30 outubro 2024

Período de defeso da Piracema inicia em novembro com fiscalização reforçada no Paraná

Gostou, compartilhe

A partir de sexta-feira, 1º de novembro, o Paraná entra no período de defeso da Piracema, ciclo de restrição à pesca de espécies nativas para garantir a reprodução natural dos peixes na bacia hidrográfica do Rio Paraná. A medida, regulamentada pela Portaria IAT 377/2022, se estenderá até 28 de fevereiro de 2025 e será fiscalizada pelo Instituto Água e Terra (IAT) com apoio do Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde (BPAmb-FV).

O período de defeso da Piracema impõe a proibição da pesca de peixes nativos em toda a extensão da bacia hidrográfica do Rio Paraná, abrangendo o rio principal, seus afluentes, lagos e lagoas marginais, além de outros reservatórios. Espécies como bagre, dourado, lambari, mandi-amarelo e pintado estão entre as protegidas. Peixes exóticos, como tilápia, black bass e tucunaré, podem ser pescados em áreas permitidas.

O controle de pesca visa a preservação ambiental e a conscientização dos pescadores e turistas. “Além da importância da conservação das espécies nativas, o defeso tem um papel socioambiental, despertando consciência ecológica”, destacou Álvaro César de Goes, gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT.

No último período de defeso, entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024, o IAT registrou 92 infrações ambientais, resultando em multas de R$ 265 mil. Além disso, foram apreendidos mais de 190 quilos de peixes e equipamentos de pesca irregulares, como redes e anzóis.

O Paraná também impôs restrições adicionais em regiões afetadas pela estiagem. De acordo com a Portaria nº 381/2024, a pesca foi proibida nas bacias dos rios Cinzas, Ivaí, Itararé, Paranapanema 4, Piquiri, Pirapó e Tibagi. Nessas áreas, apenas a pesca em ambientes lênticos, como lagos e reservatórios, é permitida, mas a retirada de espécies nativas só pode ocorrer na modalidade “pesque e solte”.

Aqueles flagrados pescando ilegalmente durante o defeso estarão sujeitos a sanções severas, incluindo multas, apreensão de equipamentos e, em alguns casos, prisão. As denúncias de pesca irregular podem ser feitas anonimamente pelo telefone 181, auxiliando no esforço de preservação dos ecossistemas aquáticos.

Foto: IAT