Curta você também
Destaques
Colônia Cecília atrai visita a Palmeira de geólogo da UFRJ da equipe do Museu Nacional
O geólogo Renato Cabral Ramos conhece bem as formações geológicas da região de Palmeira. Ele é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e desde o ano de 2005, anualmente vem à região com um grupo de alunos do curso de Geologia para aulas de campo sobre a natureza do solo da região dos Campos Gerais. Na última sexta-feira (11), o geólogo esteve em Palmeira, desta vez não foi para ensinar sobre geologia, mas sim para conhecer mais sobre a Colônia Cecília.
Ramos integra a equipe de geólogos do Museu Nacional do Rio de Janeiro e é membro fundador da Biblioteca Social Fábio Luz, que funciona desde 2001 no bairro de Vila Izabel e tem em seu acervo milhares de publicações que tratam do anarquismo. Daí, o interesse pela história da Colônia Cecília e dos italianos que chegaram a Palmeira em 1890 e viveram a experiência de uma comunidade anarquista. Interesse aguçado quando adquiriu um exemplar do livro “Colônia Cecília”, de Arnoldo Monteiro Bach, em Palmeira, no ano passado.
Para vir a Palmeira, Ramos fez contato com o autor do livro “Colônia Cecília” e proprietário do Museu Sítio Minguinho, local que abriga um memorial que guarda objetos, fotografias, documentos e um vasto acervo sobre a Cecília. Bach foi o guia do geólogo na visita que terminou no memorial, que antes conheceu a área na localidade de Santa Bárbara onde a colônia anarquista existiu durante quatro anos e também a histórica casa da Chácara Palmeira, a “Casa branda da serra”, onde residiu o médico Franco Grillo, que foi amigo pessoal de Giovanni Rossi, o idealizador da Colônia Cecília.
“Palmeira tem na história da Colônia Cecília um grande mote para o turismo histórico e cultural”, avaliou o geólogo. Ele disse que o município pode e deve explorar isso como forma de atrair pesquisadores e curiosos. Ramos demonstrou entusiasmo com o memorial no Sítio Minguinho, dizendo que ali está a história e que ela precisa ser contada e mostrada. Ele, inclusive, mostrou-se disposto a colaborar com o repasse de publicações sobre o anarquismo para o acervo do memorial.