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Política
Contagem de tráfego na BR376 indica equívocos no modelo de pedágio diz Romanelli
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) participou nesta sexta-feira (10), em Maringá, da apresentação do resultado da nova contagem de tráfego no trecho da BR-376 que vai de Paranavaí a Nova Londrina, no Noroeste, e considerou que há equívocos no programa de concessão de rodovias do Paraná. Contratado pela Socipar (Sociedade Civil do Paraná), o levantamento demonstrou que o volume de tráfego é muito maior do que o estimado nos estudos que embasam a modelagem do novo pedágio do Paraná.
Em 2019, a EPL (Empresa de Planejamento e Logística), responsável pela contagem de tráfego nas rodovias incluídas no programa PRVias, informou que o Volume Diário Médio Anual (VDMA) no trecho da BR-376 seria de 4.689 veículos, conforme dados apurados na praça de pedágio de Guairaçá. Com este apontamento, os órgãos responsáveis pelo processo de concessão anunciaram que a ligação entre Paranavaí e Nova Londrina não necessitaria de duplicação.
Os dados foram questionados pela Socipar. Em 2022, a entidade encomendou um reestudo, que revelou que o tráfego era muito maior. A mediação foi feita em dois trechos da rodovia e o resultado foi de um VDMA de 7.868 veículos. Em setembro deste ano, houve uma nova medição, também em dois pontos. O trânsito apurado foi de 8.442 veículos. A nova contagem foi realizada pela Perplan, mesma empresa contratada pela EPL em 2019.
“Já havíamos alertado as autoridades responsáveis pela concessão sobre essa enorme diferença nas contagens. Fomos a Brasília para demonstrar estas diferenças e insistiram em desconhecer a realidade. Estes novos estudos demonstram que há equívocos na concessão. Conforme avaliamos desde o início do processo, o pedagiamento das rodovias do Paraná não pode ser pensado simplesmente como modelo de negócio”, observou Romanelli.
Para Romanelli, é inaceitável a cobrança de pedágio na praça de Guairaçá sem que haja a duplicação da BR-376 até a divisa com São Paulo. Para o deputado, outra questão fundamental é a mudança do traçado da concessão, que deveria seguir em direção ao Mato Grosso do Sul. Ele defendeu a construção de uma nova ponte sobre o Rio Paraná, chegando a Taquarussu (MS). “Não podemos deixar congelar situações de injustiça pelos próximos 30 anos”, afirmou.
Foto: Valdir Amaral Alep