Economia

Notícia publicada quarta-feira 12 dezembro 2012

Copel inaugura a Usina Hidrelétrica Mauá

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Foi inaugurada na quarta-feira (12) a Usina Hidrelétrica Mauá, localizada entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira. A usina foi construída no rio Tibagi pela Copel e Eletrosul, com investimento de R$ 1,4 bilhão e tem potência instalada de 361 megawatts – suficiente para atender mais de 1 milhão de pessoas. Com Mauá, a Copel agora conta com 25 usinas no parque de geração, com 5.500 megawatts de potência. Em janeiro, será inaugurada a usina Cavernoso 2, em Virmond, com 19 MW. A Copel está construindo a Usina Colíder, no Mato Grosso, e quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte.

A barragem da Hidrelétrica Mauá tem 745 metros de comprimento na crista e 85 metros de altura máxima, e permitiu a formação do reservatório com 84 km² de superfície. Uma queda bruta de 120 metros foi aproveitada para levar a água do reservatório até a casa de força principal. Para isso, foi construído um circuito composto por tomada d’água de baixa pressão, túnel de adução com 1.922 metros de comprimento, câmara de carga, tomada d’água de alta pressão e três túneis forçados no trecho final.

A Usina tem duas de suas cinco unidades geradoras operando comercialmente – o que significa que a energia gerada pelas unidades já está sendo transmitida ao Sistema Interligado Nacional (SIN). As demais três unidades geradoras (a terceira na casa de força principal e duas menores na casa de força complementar) estão na fase de testes. “A previsão é de que até o final de janeiro de 2013 todas as cinco estejam operando”, disse o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer. “São usinas que começam a operar num momento extremamente importante para o sistema interligado nacional, que opera em equilíbrio tênue pela falta de chuvas ou pelo atraso das chuvas, estando os reservatórios, lamentavelmente, com seus volumes de água em seus mínimos”.

Meio Ambiente

Ao longo da construção, foram desenvolvidos 34 programas ambientais, que fazem parte do Projeto Básico Ambiental (PBA) do empreendimento. Esses programas tiveram como objetivo mitigar, compensar impactos e potencializar os benefícios decorrentes do empreendimento. No total, o investimento nos programas do PBA já ultrapassa R$ 300 milhões.

Um trabalho cuidadoso foi realizado com as famílias atingidas pelo empreendimento. Em 2007, foi feito um censo socioeconômico das 191 propriedades que foram total ou parcialmente alagadas para a formação do reservatório. Com base nessas informações, o Consórcio elaborou, juntamente com os atingidos, um Termo de Acordo que definiu a forma de indenização pelas terras desapropriadas, benfeitorias e atividades comprovadamente inviabilizadas pela construção da Usina.

O documento também previa a possibilidade de algumas das famílias serem beneficiadas pelo Programa de Reassentamento, desde que atendidos os requisitos – no total, 144 famílias foram reassentadas. Um Plano Básico Ambiental foi elaborado especialmente para as terras indígenas O documento, aprovado pela Funai, prevê a implantação de uma série de programas em oito terras indígenas.