Policial

Notícia publicada terça-feira 13 novembro 2012

Operação Marias prende 82 homens por violência doméstica em Curitiba

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Na manhã de terça-feira (13), 20 homens foram presos em Curitiba, por 90 policiais de várias unidades da Polícia Civil que participaram da Operação Marias, que cumpriu mandados de prisão contra companheiros que agridem suas mulheres. Os mandados de prisão foram embasados na Lei Maria da Penha, que criminaliza a violência doméstica. A Operação Marias vem acontecendo desde o último mês de setembro, quando aconteceram as primeiras prisões. Com os presos de hoje, a operação totaliza o cumprimento de 82 mandados de prisão.

Segundo a delegada Maritza Haisi, titular da Delegacia da Mulher de Curitiba, que coordena a operação, os presos são maridos, ex-maridos, companheiros, namorados, pais ou parentes próximos que praticam violência contra mulheres. “Essa operação visa a proteção contra a violência doméstica e familiar. Doméstica quando o agressor convive no mesmo espaço que a vítima e familiar quando ele não convive no mesmo espaço, mas tem acesso fácil a ele, como no caso de namorados”, explicou a delegada.

Maritza salientou que mensalmente são feitos cerca de mil boletins de ocorrência registrando violência contra a mulher somente em Curitiba. “Metade desse número é registrado aqui e a outra metade são boletins feitos em outras unidades da Polícia Civil ou pela Polícia Militar e Guarda Municipal que chegam para nós”, contou.

A delegada salientou que a promulgação da Lei Maria da Penha, em setembro de 2006, foi um grande avanço para o combate à violência doméstica, facilitando a ação rápida e eficaz da polícia. “Nesta operação específica, estamos prendendo apenas infratores de Curitiba. Alguns mandados foram cumpridos em cidades da região metropolitana, mas referentes a casos onde a agressão ocorreu na capital”, salientou.

Segundo o delegado titular da Divisão de Polícia Especializada (DPE), Marco Antônio Lagana, as operações como esta serão periódicas e ininterruptas. “Importante ressaltar a interação do trabalho com o Ministério Público e o Poder Judiciário”, afirmou.