A Região Metropolitana dos Campos Gerais, cuja proposta tem Ponta Grossa como polo e abrange 20 municípios, inclusive Palmeira, pode virar realidade ainda este ano. A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), que batalha pela questão juntamente com a Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) e Coordenadoria das Associações Comerciais, Industriais e Agrícolas do Centro do Paraná (Cacicpar), aguardam que essa discussão tenha uma definição ou direcionamento no próximo mês de março, quando devem acontecer audiências na Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDU). O secretário Cézar Silvestri, por sua vez, tem demonstrado boa vontade, mas ainda existem indefinições políticas no sentido de viabilidade da proposta.

A Acipg contratou estudos técnicos sobre a formação de regiões metropolitanas e os benefícios da constituição de uma RM com polo em Ponta Grossa. As informações foram sistematizadas em um projeto que já está sendo analisado pelo secretário de Desenvolvimento Urbano.

Quando em campanha e logo após ser eleito, o governador Beto Richa (PSDB) informou que seu plano de governo contemplaria a criação de 20 regiões de desenvolvimento no estado. À época, Richa havia declarado que esta estruturação seria iniciada ainda no primeiro semestre de 2011, o que acabou não ocorrendo.

A luta pela criação da Região Metropolitana dos Campos Gerais já se estende há 15 anos e não teve continuidade nas três oportunidades em que foram deflagradas tentativas. Um dos defensores da criação da RM, o deputado estadual Péricles de Holleben Mello (PT) já havia se manifestado no sentido de propor o estabelecimento de uma região metropolitana através de projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa. O projeto foi baseado em projetos semelhantes que tramitam em estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.