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Aventureiros refazem de caiaque trecho da rota fluvial usada por vapores no Rio Iguaçu
Na manhã do último dia (20), quatro aventureiros partiram de Porto Amazonas, para refazer de caiaques o trecho do Rio Iguaçu que era utilizado na época da navegação, trecho esse que era do marco zero em Porto Amazonas até a cidade de Porto Vitória a 320 quilômetros.
De acordo com Diego Gudas, que está cursando doutorado em desenvolvimento regional pela Universidade do Contestado – Campus de Canoinhas, a expedição teve início em Porto Amazonas, pois pretende seguir pelo trecho que antes era navegável até Porto Vitoria. Além de Diego, participaram da expedição, Ernesto Ronconi, Rogério João Baggio, ambos aposentados, e Cristiano Riske Cavalheiro que é autônomo. Dos quatro participantes apenas Rogerio e Ernesto já o haviam feito.
Rogério João Baggio, promotor de Justiça aposentado já percorreu com seu caiaque, mais de 900 quilômetros do Rio Iguaçu, partindo de Porto Amazonas, até próximo das Cataratas do Iguaçu, aventura que ele descreve no livro de sua autoria, “Destino Cataratas do Iguaçu – Novecentos quilômetros de caiaque e aventura”, lançado pela Traços & Letras Editora, 2018.
O também aventureiro da expedição, Ernesto Ronconi que é aposentado, sempre esteve envolvido em eventos em prol do Rio Iguaçu, inclusive já fez o trajeto que teve início nesta semana em outras oportunidades.
Já de acordo com Diego, a expedição seguirá até Porto Vitoria, e será realizada em etapas, sendo que nesta primeira que levou quatro dias, eles percorreram um trecho de aproximadamente 156 quilômetros do rio, remando em torno de 40 quilômetros por dia, saindo do Cais de Porto Amazonas até Praça do Iguaçu, em São Mateus do Sul.
Os aventureiros contam o que mais impressionou durante o trajeto, foram as belíssimas paisagens, o grande número de aves e animais e a vegetação, isso fez com que eles imaginassem como era na época a navegação.
Uma das paisagens que eles fizeram questão de compartilhar foi o paredão do Peral do Corvo em Porto Amazonas, que impressiona todos que por ali passam.
Além da paisagem, outro ponto que merece destaque no relato foi a hospitalidade que eles tiveram ao longo da paradas para pernoitar, além das amizades conquistadas. A primeira foi no Iate Clube de Palmeira, onde o senhor Severo Barã, mais conhecido como Nene, que os recebeu na sua casa e permitiu que eles montassem acampamento no entono de sua casa, além disso, ele confraternizou com eles e franqueou o acesso a banheiro, cozinha e tudo mais. Na localidade de Vila Palmira, na balsa, foi o segundo pouso para pernoite. Lá foram recebidos por algumas pessoas da comunidade, e o que se destacou foi o seu Tapia e o seu Nelson, que é o antigo “balseiro” da localidade que faz a ligação pelo rio entre São João do Triunfo e o município da Lapa. Já a última parada para pernoite, foi na balsa de Mato Queimado, ainda em São João do Triunfo, eles fizeram amizade com dois pescadores que se confraternizaram com eles, jantaram, e contaram histórias do lugar.
“O resultado é que a gente de certa forma conseguiu reviver um pouquinho do sentimento que viviam os antigos Navegantes por assim dizer da época da navegação a vapor. Logicamente nós estávamos com caiaques, bem diferente dos vapores que tinha toda uma tripulação e as especialidades de cada função. Porém, permitiu que a gente tivesse um pouquinho da sensação que provavelmente tiveram os trabalhadores do rio. Finaliza Diego.
Fotos: Ernesto Ronconi e Diego Gudas