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Cidade da Lapa recebe 20 anos depois na estação ferroviária a Maria Fumaça
Centenas de pessoas estiveram na estação ferroviária da Lapa para acompanhar uma breve visita da Maria Fumaça na manhã do dia 28 de novembro. A locomotiva Mallet 204, única deste modelo em funcionamento na América do Sul, foi fabricada em 1950 e pertence à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, do Estado de Santa Catarina. O trem partiu de Rio Negrinho e seu destino era Curitiba. Acompanhando a viagem estava o engenheiro James Ilg, um dos responsáveis pela maior parte das operações ferroviárias com locomotivas a vapor do sul do Brasil. Em 1997 quando a Maria Fumaça passou a última vez pela Lapa, Ilg era o foguista do trem.
A locomotiva foi contratada pela Concessionária Rumo, através do empenho do presidente da companhia Julio Fontana Neto (casado com uma lapeana) e de Carmen Maron, coordenadora de Relações Sociais da Rumo, para fazer eventos natalinos nas cidades de Piraquara, Pinhais, Almirante Tamandaré, Rio Branco do Sul e outras da Região Metropolitana mais próximas à capital paranaense.
A Maria Fumaça na Lapa
Para o diretor de Turismo e ferroviarista lapeano, Márcio Assad, a Lapa já foi pioneira (juntamente com município de Santa Catarina) em turismo férreo no Brasil na década de 80, quando os passeios de Maria Fumaça Curitiba-Lapa constituíam-se em um grande fenômeno, pois a partir daí a Lapa passou a integrar o mapa turístico nacional, sendo inclusive destaque internacional.
Grande expectativa
A locomotiva número 11, uma relíquia de 1884, a primeira a puxar vagões sobre trilhos no Paraná, está sendo recuperada para realizar passeios turísticos e reascende a esperança nos lapeanos de que em breve possam desfrutar de passeios com a Maria Fumaça: Curitiba-Lapa-Curitiba (também se estuda uma alternativa, viável, se houver mobilização do município, que os passeios, partam e retornem de Araucária) em uma viagem ao passado com glamour do século XIX em um receptivo turístico que fez da Lapa, um dos destinos mais charmosos de outrora, quando a viagem era uma constante na vida da histórica cidade. Este trabalho tem a participação das duas regionais da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária: Santa Catarina (oficinas Rio Negrinho) e do Paraná, que ficará responsável, pela operação do trem turístico.
Na foto: Márcio Assad – ferroviárista, pioneiro em turismo férreo no Brasil
Fotos Elker Juvinski