Com a proposta de aproximar culturas, a Secretaria de Cultura de Palmeira juntamente com a Faculdade Sagrada Família (FASF) de Ponta Grossa, proporcionaram esse encontro cultural na terça-feira (18).

A parceria proporcionou que 25 nativos kaingang, vindos da aldeia Mococa, da cidade de Ortigueira, realizassem apresentações sobre seu artesanato, língua, danças e vestimentas para mais de 300 alunos da rede municipal e estadual de ensino durante o dia, e também para pedestres de passagem na rua Conceição.

Projeto

O projeto que está percorrendo os Campos Gerais faz busca valorizar a cultura indígena como conta a antropóloga e professora universitária, Aila Villela Bolzan, que articula as apresentações do grupo. “O intuito do projeto é realmente mostrar como é a cultura indígena e deixar eles por si só ganhar maior visibilidade na sociedade em que estão inseridos”, ressaltou.

Artesanatos

Além das apresentações culturais as pessoas puderam levar para casa artesanatos produzidos pelos índios, adquirindo artefatos como cestos, cocares e instrumentos para diversão, todos feitos em madeira, palha e penas.

Oca com wi-fi

Mesmo com interferência do “homem branco” nas aldeias, muitas crianças carregam curiosidades sobre a vivência dos índios atualmente, para isso Fátima Koyo Lucas, indígena Kaingang e acadêmica de enfermagem da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, proporcionou um debate e explanou um pouco mais sobre a temática.

A principal duvida é quanto as moradias em qual os índios habitam atualmente, “hoje em dia não moramos mais em ocas, ao chegar em uma aldeia terá dificuldade em reconhecer, elas são bem similares a casas de alvenaria encontradas em vilas rurais”, contou Kayo, que vive na aldeia Mococa, que fica a 75 km da cidade, juntamente com outras 70 famílias.