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Laboratório da UEPG encontra resíduos de rato e de barata em pesquisa com cigarros falsificados
Uma pesquisa realizada pelo laboratório da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) mostrou que pagar menos pelo cigarro contrabandeado pode sair mais caro para o consumidor. Os testes realizados nos dois produtos comprovaram que os cigarros contrabandeados são extremamente inferiores aos originais e que, em alguns casos, possuem até pelos de ratos entre os componentes. O principal atrativo dos cigarros que veem do Paraguai é o preço. Um maço contrabandeado custa menos que um maço brasileiro porque não paga impostos.
Durante a análise, foram constatadas 4,7 mil substâncias tóxicas no produto original. Já nos contrabandeados, além de encontrar uma quantidade de substâncias tóxicas superior, os pesquisadores também encontraram resíduos de insetos e de inseticidas. “A gente encontrou resíduos de baratas, pelos de ratos e um bicho característico do fumo. Também foram encontrados resíduos de inseticidas, que já estão proibidos no Brasil há mais de 20 anos”, explica o professor de química Sandro Xavier de Campos.
Segundo Erildo Muller, esses componentes encontrados deixam o cigarro ainda mais nocivo do que o original. “Podem acarretar doenças renais, de fígado e aumento das doenças cardiovasculares e cancerígenas”.
A diferença entre os dois produtos é que a carteira paraguaia não informa a quantidade de substâncias tóxicas, item obrigatório para os produtos originais. Um outro detalhe é que o produto falsificado também não possui o selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na parte superior da carteira.
Apreensões
De acordo com a Receita Federal, em 2011 foram apreendidos no Paraná mais de 74 milhões de maços contrabandeados de cigarros. No primeiro semestre de 2012, foram contabilizadas mais de 50 milhões de maços apreendidos.
“Quem comercializa cigarros contrabandeados pode pagar multa de pelo menos R$ 2 por maço. Além disso perde toda mercadoria e responde ao processo criminal pelo crime de contrabando e pela lesão a saúde pública”, ressalta o delegado da Receita para a região de Ponta Grossa, Gustavo Horn.