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Notícia publicada sexta-feira 24 junho 2016

Delegado rebate pronunciamento de vereador sobre o sistema carcerário em Palmeira

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O delegado da Polícia Civil de Palmeira, Plínio Gomes Filho, se pronunciou em relação à fala realizada pelo vereador João Alberto Gaiola (PDT), na tribuna da Câmara Municipal, durante a sessão realizada na terça-feira (21), sobre o sistema carcerário em Palmeira. O vereador relatou que teve informações do Conselho da Comunidade da Comarca de Palmeira de que a carceragem estava superlotada, a alimentação servida aos presos nem sempre era fornecida de maneira adequada e que, em alguns casos, detentos ficavam aprisionados até no canil.

Sobre a superlotação, o delegado reconhece o problema e diz que esta é uma situação enfrentada por quase todas as delegacias com carceragens no Estado do Paraná. “Nossa capacidade é para 16 presos e atualmente fizemos uma pequena ampliação, podendo chegar a 20. Hoje temos 40 detentos e algumas semanas atrás chegamos a ter 50”, disse o Gomes Filho, frisando que este não é um problema enfrentado exclusivamente por Palmeira.

Quanto à alimentação dos presos, Gomes Filho disse que a mesma é de excelente qualidade e é fornecida por um restaurante da cidade que ganhou licitação. “Apenas em um dia tivemos problema com a comida, mas foi resolvido rapidamente. Foi um caso isolado. Inclusive nos finais de semana, os nossos investigadores se alimentam com a mesma comida que os detentos recebem”, relatou o delegado, dizendo que o vereador foi induzido a erros em seu pronunciamento.

O delegado também afirmou que nenhum detento nunca ficou preso no canil, como foi repassado ao vereador. “Nos quatro anos que estou em Palmeira, nunca aconteceu algo assim. Existe o solário, que é pequeno, e alguns detentos falam que é parecido com um canil, mas não tem nada a ver. A informação é leviana e mentirosa”, afirmou Gomes Filho.

Para o delegado, a situação do sistema carcerário de Palmeira não deve ser atribuída ao Poder Público Municipal, como propôs o vereador. “A responsabilidade total pela situação é do Estado”, concluiu Gomes Filho.