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Comissão especial da ALEP debate gestão do Museu de Vila Velha
A Comissão Especial criada na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) para analisar as condições de funcionamento do Museu de Geologia e Paleontologia de Vila Velha, na região dos Campos Gerais, se reuniu nesta quarta-feira, dia 6, com o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jonel Iurk, para discutir problemas na administração do local. O deputado estadual Péricles de Mello (PT), relator da comissão, disse que objetivo foi conhecer, em detalhes, aspectos técnicos sobre a implantação do museu.
Iurk apresentou um relatório sobre a operacionalização do espaço e disse que um dos problemas verificados, desde o início do projeto, em 2004, é a falta da homologação de uma parceria entre o Estado e a Fundação João José Bigarella (Funabi), responsável pelo projeto do museu. A pendência desse documento gerou problemas para a fundação concluir a área de exposição do local.
A Funabi chegou a captar R$ 800 mil em recursos, pela Lei Rouanet, investidos no empreendimento. Mas encontrou dificuldades em acessar novos recursos por meio da lei de incentivo, por não formalizar um convênio com o Estado.
Para dar agilidade ao processo, o secretário Iurk propôs transformar o local em um Centro de Geociência de Vila Velha. Ele explicou que o conceito de museu exige um protocolo rigoroso e complexo, que evolve pessoal para cuidar do acervo, qualidade do espaço físico, entre outros aspectos. De acordo com Iurk, a instituição de um Centro de Geociência pode garantir novas parcerias e aproximar o projeto da comunidade acadêmica, além de ampliar a possibilidade de captação de recursos.
O secretário afirmou que o governo tem interesse em resolver as pendências o mais breve possível, tamanha a importância turística e cultural do Parque de Vila Velha. A Secretaria de Meio Ambiente pediu à Funabi um estudo de viabilidade econômica e um plano de trabalho para a administração do espaço. O Instituo Ambiental do Paraná (IAP) está providenciando uma perícia na estrutura física do prédio, que, atualmente, apresenta infiltrações.
Modelo de gestão
Iurk reforçou ainda que o problema central não é de ordem financeira, mas sim, de encontrar um modelo ideal de gestão. Na visão do secretário, a Funabi tem um papel importante nesse processo, mas é necessário fazer um estudo para saber se a entidade tem condições de gerenciar técnica e administrativamente o espaço, no futuro. A gestão do Centro de Geociência poderia ser aberta para outras instituições.
Péricles destacou que Universidade Estadual de Ponta Grossa, a Universidade Federal do Paraná, assim como, as secretarias de Estado de Turismo e da Cultura, podem contribuir com esse processo. “Não podemos deixar de destacar que o projeto de construção do Museu de Vila Velha se deve ao professor e geólogo João José Bigarella, pesquisador que merece todo nosso reconhecimento. A Funabi poderá atuar como colaboradora no gerenciamento do local. O Centro de Geociência representará um marco para os Campos Gerais, pois a região recebe pesquisadores do mundo todo”, afirmou o deputado.
O próximo passo da Comissão é ouvir os coordenadores da Funabi, representantes do IAP e da EcoParaná, empresa contratada pelo governo anterior para gerenciar o Parque Estadual de Vila Velha. Também será convidada a professora doutora da UEPG, Jasmine Cardozo Moreira, autora da tese “Patrimônio Geológico em Unidades de Conservação”, sobre uso eficiente do parque.