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Notícia publicada sexta-feira 01 abril 2016

Memorial Anarquista é inaugurado e registra a experiência da Colônia Cecília

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Em solenidade realizada no final da tarde de quinta-feira (31), aconteceu a inauguração do Memorial Anarquista, dedicado à Colônia Cecília, uma experiência de comunidade anarquista realizada por imigrantes italianos entre 1890 e 1894, no interior do município de Palmeira, na localidade de Santa Bárbara. O espaço em formato de praça, visto de cima tem forma do símbolo do anarquismo, um A dentro de um círculo. No local estão instalados nove totens, uma réplica de casa dos imigrantes e um busto do idealizador da experiência, Giovanni Rossi.

Aberto à visitação gratuita, o Memorial Anarquista, construído em uma área na localidade de Santa Bárbara de Baixo cedida pelo produtor de vinho Evaldo Agottani, descendente de cecilianos, segundo a Prefeitura de Palmeira, é o único a céu aberto no mundo.

Para o prefeito Edir Havrechaki (PSC), o memorial simboliza um marco para a história do município, pois, sem dúvida, “é um dos assuntos mais pesquisados da histórica de Palmeira”. Segundo ele, “diversos pesquisadores do mundo todo, grupos de estudantes e turistas em geral buscam diariamente informações sobre Colônia Cecília e o anarquismo”. Em seu discurso na inauguração do memorial, Havrechaki lembrou ainda o desejo de Giovanni Rossi de uma sociedade livre. “A liberdade buscada pelos idealizadores da Colônia Cecilia ainda é um desejo de todos nós, não com os princípios radicais do anarquismo, mas que tenhamos liberdade de pensamento, liberdade de expressão, liberdade de falar e ser ouvido a liberdade que a democracia nos proporciona”, afirmou o prefeito.

O presidente da Associação Turismo +, Antônio José Passoni, destacou o ato desprendido de Evaldo Agottani em doar a área para a construção do memorial. Segundo ele, “esse é um importante passo para impulsionar o turismo rural em local que abriga outros atrativos e diversas formações étnicas compondo o trade turístico do local”.

O secretário de Indústria Comércio e Turismo, Inácio Budziak, lembrou que o memorial foi idealizado pelo arquiteto Murilo Malucelli Klas e que os oito totens com mosaicos criados pelo artista plástico Marcos Coga resumem a trajetória de pouco mais de três anos da Colônia Cecília antes de sua extinção. O local também abriga uma pequena casa construída em madeira, reconstituindo os padrões da época, onde estão sendo vendidos livros e suvenires, além de informações gerais sobre o turismo no município.