O tema “As lojas maçônicas antigas em Palmeira” foi abordado por Edson Kosloski, Fernando Vitcoski, Carlos Eduardo Mezzadri e Igor Moreira, membros da Loja Maçônica Manoel Demétrio de Oliveira, em palestra realizada na sexta-feira (26), dentro do projeto Prosa & História, do Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira (IHGP). Cerca de 80 pessoas participaram do evento, realizado no auditório da Secretaria de Assistência Social, no edifício do antigo Fórum.

A presença organizada e a atuação da maçonaria e dos maçons no município remontam o final do século 19, tendo diversos aspectos peculiares, como o fato de a primeira loja maçônica da cidade, com o nome de Conceição Palmeirense, ter sido instalada em 1898 por iniciativa de um padre, Vicente Guadinieri, com participação de outro padre, João Batista de Oliveira. O fato provocou reações do clero, pois se vivia um momento de forte presença da Igreja Católica no Estado.

Os maçons participaram de forma ativa da vida social e política de Palmeira, com registro de muitos nomes destacados na história do Paraná como membros de lojas maçônicas de Palmeira, entre eles Francisco Gutierrez Beltrão, Urbano da Silva Carrão, Ottoni Ferreira Maciel e Alfredo Bertoldo Klas.

Registros históricos mostram a intensa ação da maçonaria em prol da educação, inclusive com a instalação da primeira escola de ensino secundário de Palmeira, em junho de 1905. A Escola Palmeirense foi iniciativa de Urbano Carrão, que também editou o jornal “A Palmeira”, em 1902,

Anarquista

No próximo dia 24 de julho, o projeto Prosa & História do IHGP tem continuidade com a apresentação de palestra sobre Andre Giuseppe Agottani, o Pimpão, tido como um dos mais ardorosos anarquistas da Colônia Cecília, que teve participação em episódios marcantes dos movimentos operários no Brasil, como a greve geral de 1917 em São Paulo, com repercussão em outros estados. A palestra será apresentada pelo diretor de redação da Gazeta de Palmeira, Rogério Lima.