Agrícola

Notícia publicada sexta-feira 05 junho 2015

Bom Jesus treina colaboradores sobre cultura de cevada

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Na terça-feira (2) colaboradores da Cooperativa Bom Jesus participaram de treinamento sobre a cultura de cevada. O curso foi realizado no entreposto da Lapa e o presidente da cooperativa, Luiz Roberto Baggio, iniciou as atividades do dia falando sobre a importância da produção de cevada como cultura de inverno na região e a participação brasileira no cenário mundial de produção do cereal.

De acordo com informações da Embrapa, o comércio internacional de cevada é de, aproximadamente, 16 milhões de toneladas. O Brasil ocupa a 16ª posição entre os produtores mundiais, com média de 300 mil toneladas do cereal ao ano, mas sobe para o 7º lugar no quesito importações, com a produção nacional suprindo apenas 35% da demanda das maltarias.

Ainda conforme estudos, na projeção de cenários do relatório Outlook Brasil/Fiesp, que divulga projeções do agronegócio brasileiro, a demanda doméstica de cevada deverá crescer 53% até 2022.

O pesquisador da Embrapa, Euclydes Minella, falou no treinamento sobre a história da cevada no Brasil e a utilização do cereal no país. O consumo de cevada deverá aumentar a cada ano, principalmente no consumo animal de silagem e ração. Indiferente da qualidade do malte, a cevada tem sido importante alternativa nos momentos de alta no preço do milho e da soja utilizados para alimentação animal. Na cerveja ou na ração, cevada é mercado certo sempre, avalia o pesquisador.

O programa de melhoramento de cevada realizado pela Embrapa existe há mais de 30 anos no Brasil e passou a integrar as principais bases de pesquisa da indústria cervejeira do mundo. A qualidade do material genético brasileiro ampliou a dimensão das parcerias com grandes indústrias de malte no cenário internacional.

Pesquisas realizadas pela Embrapa mostraram que além do aumento no rendimento médio nas lavouras comerciais de cevada em mais de 30 kg/ha/ano, também ocorreu aumento de 10% em grãos de primeira classe (melhor remunerada pela indústria cervejeira); redução de 2% no teor de proteínas e 3% de aumento no teor de extrato de malte (melhor qualidade e maior rendimento na cervejaria).