Curta você também
Geral
Morador do Lago denuncia envenenamento de animais na localidade
Um morador da localidade do Lago entrou em contato com a redação da Gazeta de Palmeira, na manhã de segunda-feira (4), para relatar um problema que, segundo ele, está se tornando comum no local: o envenenamento de animais.
O último caso aconteceu na quinta-feira (30), quando um cachorro do denunciante, de apenas quatro meses, foi envenenado com estricnina, segundo o mesmo. O homem já realizou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e denunciou o caso à Vigilância Sanitária, pois o produto do envenenamento provavelmente foi comprado em uma loja agropecuária da cidade, de acordo com o denunciante.
O denunciante relatou que, além de cachorros, também já perdeu vários gatos da mesma forma. “Eu já perdi as contas de quantos animais envenenados eu tive que enterrar ao longo dos anos”, disse.
“O cachorro tinha quatro meses e era brincalhão. Este deve ser o motivo de alguém ter feito esta crueldade, pois deve ter se irritado com a agitação do cachorro. Meu filho, ainda criança, ficou muito triste com a morte do cachorro”, relatou o proprietário do animal.
Envenenar animais é crime
Segundo a Lei de Crimes Ambientais, envenenar animais, praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos, nativos ou exóticos pode resultar em detenção de três meses a um ano e multa. Caso o acusado tenha praticado um crime de menor gravidade, como é considerado o envenenamento de animais, e não cometeu delito nos últimos cinco anos, a lei permite que a pena de detenção por multa seja revertida em bens, como cestas básicas e cobertores ou prestação de serviços comunitários. Caso o veneno, além de matar o animal, também afete um ser humano, o crime torna-se mais grave, podendo ser qualificado como tentativa de homicídio.
Segundo a revista especializada “Cães e Amigos”, mortes por envenenamento lideram o “ranking” de mortes abruptas, seguidos por mortes por atropelamento. Os envenenamentos mais comuns acontecem com rodenticidas anticoagulantes, os mata-ratos e com estricnina.
No caso do envenenamento com estricnina, o animal sofre convulsões, rigidez muscular, taquicardia, hipertermia, apneia e vômito. Este tipo de veneno, desde 1980, é proibido de ser comercializado, assim como produtos que contém estricnina, porém existem locais que comercializam o veneno ilegalmente.
Como denunciar
Para denunciar o crime de envenenamento e evidenciar a autoria e a intenção em cometer o crime, o denunciante deve, ao encontrar um animal morto com suspeita de envenenamento, tirar várias fotos em vários ângulos para mostrar onde foram encontrados o animal e os restos do alimento suspeito de conter veneno. O animal e o alimento devem ser levados para um veterinário e ele poderá encaminhá-lo a um órgão competente para fazer a necrópsia e emissão de um laudo oficial da causa da morte.
Também é necessário conseguir testemunhas ou outros fatos relacionados ao envenenamento. Quando o laudo estiver concluído, ele deve ser levado, juntamente com as fotos e as demais testemunhas munidas com RG, até a delegacia, onde será feito um Boletim de Ocorrência.